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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Agência Brasil - Apesar das pressões internacionais, atual governo de Honduras não aceita retorno de Zelaya - Direito Internacional

 
31 de Julho de 2009 - 18h20 - Última modificação em 31 de Julho de 2009 - 18h24


Apesar das pressões internacionais, atual governo de Honduras não aceita retorno de Zelaya

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O atual presidente de Honduras, Roberto Micheletti, disse que está disposto a deixar o poder, desde que o presidente deposto, Manuel Zelaya, não volte ao país. “Se houver uma solução na qual tenha que me retirar, faço isso com gosto, mas que Zelaya não volte a Honduras e, muito menos, como governante”, afirmou Micheletti, de acordo com informações da agência argentina de notícias Telam.

Ex-líder do Legislativo e colega de partido de Zelaya, Micheletti assumiu o poder em 28 de junho, após a destituição e expulsão do país, pelas Forças Armadas, do presidente eleito democraticamente. A deposição foi determinada pela Suprema Corte e pelo Congresso Nacional após a convocação, por Zelaya, de um plebiscito sobre a possibilidade de incluir, nas eleições gerais de 29 de novembro, consulta sobre a instalação de uma assembleia constituinte para reformar a Constituição do país.

Apesar da crescente pressão internacional, Micheletti voltou a afirmar que Manuel Zelaya não voltará ao poder em nenhuma hipótese. "Se ele quer ir aos tribunais, que seja bem-vindo pois o estão esperando, mas, se quer vir assumir o governo, não fará sob nenhuma circunstância”, afirmou.

Zelaya, que está acampado na fronteira com a Nicarágua desde a tentativa frustrada de regressar a Honduras, na última sexta-feira (24), anunciou que criará uma “milicia popular pacífica” para voltar ao governo “Quero regressar a Tegucigalpa [capital hondurenha] com um acordo político, é certo, mas quero regressar porque o povo ganhou a batalha e me levou à presidência”, disse Zelaya a jornalistas, na Nicarágua.

Ontem (30), dezenas de pessoas ficaram feridas devido à repressão policial e militar contra uma manifestação de apoio a Manuel Zelaya na Ruta Panamericana, 20 quilômetros ao norte de Tegucigualpa,

Simultaneamente à manifestação – que prosseguiu hoje -, Micheletti pediu ao presidente da Costa Rica, Oscar Arias, mediador da crise política, a nomeação de um enviado especial para Honduras para “cooperar com o início de um diálogo no país”, chegando a sugerir o nome do ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Enrique Inglesias, atualmente no comando da Secretaria-Geral Ibero-Americana.

A proposta de acordo apresentada por Oscar Arias prevê o retorno de Zelaya ao país, anistia política aos envolvidos no golpe, formação de um governo de coalizão e antecipação das eleições presidenciais de 29 de novembro. A proposta deve ser analisada na próxima segunda-feira (3) pelo Congresso hondurenho, mas nesta semana o Tribunal Eleitoral de Honduras se manifestou contra a antecipação das eleições.



Edição: Nádia Franco  


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