07-11-2010 07:00Justiça absolve mãe revoltada
A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmou a decisão do juiz da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Narciso Alvarenga, que absolveu uma mãe acusada por crime cometido contra o patrimônio do Estado. A decisão foi unânime.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a mulher foi até a Escola Estadual Pascoal Comandicci à procura de uma vaga para sua filha. Quando foi informada de que a criança não poderia estudar na instituição porque não havia vagas disponíveis, a mulher se irritou e arremessou uma pedra na vidraça da escola, vindo a quebrá-la.
A defesa da ré requereu sua absolvição ou a aplicação da pena no mínimo legal, considerando ainda a atenuante da confissão espontânea e a fixação de regime aberto.
Apesar de a mulher ter assumido o ato denunciado, o juiz observou que restaram dúvidas quanto à existência do crime, porque, na ocasião, não foi realizado o exame pericial para comprovar o dano contra o patrimônio público. Para Narciso Alvarenga, a mãe agiu em legítima defesa de sua filha e em estado de necessidade. Não vou condenar a ré que jogou uma pedra, em evidente revolta, como não condenaria o jornalista iraquiano que jogou um sapato em G. W. Bush, acrescentou.
A manutenção da sentença de 1ª Instância não considerou a ocorrência de legítima defesa nem o estado de necessidade. A absolvição foi mantida em virtude da inexistência de prova irrefutável que confirme que a mãe tenha agido com má-fé para destruir o patrimônio público e causar prejuízo ao Estado.
Fonte: TJMG
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
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