17/11/2010
Testemunhas do processo sobre morte durante plástica protegem cirurgião
Três testemunhas do processo sobre a morte da psicóloga Maria Cristina da Silva Alves, 37 anos, foram ouvidas ontem em audiência no Tribunal do Júri de Brasília. Segundo o advogado Michel Salibe, assistente de acusação, uma testemunha de defesa do médico Lucas Seixas Docas Júnior, principal acusado da tragédia, afirmou que as complicações na saúde, que levaram à morte da vítima, não teriam relação com os procedimentos adotados durante a cirurgia de redução de estômago feita na paciente em 11 de fevereiro de 2008. Maria Cristina morreu sete dias depois de ser operada por Lucas Seixas, cirurgião bariátrico.
O médico da equipe de Lucas Seixas que foi ouvido diz que a intercorrência que causou a morte de Maria Cristina aconteceu no hospital no qual ela foi atendida e operada (em caráter) de emergência dois dias depois da primeira cirurgia. Mas o conteúdo do processo aponta para a direção contrária, afirma Salibe. O marido de Maria Cristina, José Luiz Alves, e a irmã, Quitéria Carvalho, presenciaram os depoimentos. Eles acusaram frontalmente os médicos do segundo hospital em que ela foi atendida pela morte. Isso complicará ainda mais o processo, destacou Alves.
Uma nova audiência será realizada no dia 31 para finalizar os depoimentos das testemunhas restantes. Lucas Seixas será então ouvido e o juiz responsável pelo caso decidirá se pronuncia o réu, ou seja, se Seixas será levado a Júri Popular. O titular da Promotoria de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-Vida), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Diaulas Ribeiro, responsável pela denúncia contra Seixas por homicídio com dolo eventual, está confiante sobre o pronunciamento. Eu fiz a denúncia e tenho que lutar por isso. Tenho uma convicção documentada, disse.
Correio Braziliense
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