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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Agência Brasil - Senadores vão discutir posicionamento brasileiro sobre situação em Honduras - Direito Público

 
29 de Setembro de 2009 - 13h48 - Última modificação em 29 de Setembro de 2009 - 13h48


Senadores vão discutir posicionamento brasileiro sobre situação em Honduras

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - A reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, às 15 horas, corre o risco de virar um embate político entre senadores . De um lado estão os que defendem a política adotada pelo governo brasileiro de proteção ao presidente deposto por golpe militar em Honduras, Manuel Zelaya, e de outro os que criticam a forma como tem ocorrido esta proteção na embaixada. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, confirmou participação na reunião para prestar esclarecimentos sobre o caso.

As declarações do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ontem (28), de que Zelaya estaria usando as dependências da embaixada como “escritório político” repercutiram entre os parlamentares. O presidente da comissão, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse que “o Brasil perdeu a razão quando permitiu o uso político da embaixada”. Por outro lado, ponderou que não há como o governo brasileiro dar apoio ao governo estabelecido pelos militares, com Roberto Micheletti no poder, uma vez que têm adotado políticas cada vez mais autoritárias.

Já o líder da base do governo e do PT, Aloizio Mercadante (SP), afirmou que o governo brasileiro adotou uma postura clara de defender a preservação do Estado Democrático de Direito. “Nós não escolhemos que o Zelaya viesse para a embaixada, mas escolhemos princípios e valores dos quais não vamos arredar pé. Não queremos que ele use a embaixada como um comitê político, isso é indevido.”

Mercadante ressaltou que o governo Micheletti está cada vez mais isolado da comunidade internacional, quando recrudesce as medidas de força principalmente com a decretação do estado de sítio e consequentes invasões de veículos de comunicação e prisões indiscriminadas. “Se depender de nosso esforço [senadores que defendem a política do governo brasileiro] vão ficar mais isolados porque eu vou insistir muito hoje em aprovar [no plenário] a declaração que já aprovei na comissão para que seja concluído no Senado”.

A declaração à que Mercadante faz referência trata-se da moção de repúdio aprovada pela Câmara do cerco determinado por Micheletti à embaixada brasileira. De acordo com o senador Eduardo Azeredo, dificilmente o plenário aprovará a moção na sessão de hoje. Ele afirmou que conversou com o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) que pediu para que a votação fosse adiada porque considera que, nesta moção, há referências de apoio a Manuel Zelaya com as quais não concordaria.




Edição: Talita Cavalcante  


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