1 de Fevereiro de 2010 - 06h44 - Última modificação em 1 de Fevereiro de 2010 - 09h53
Novo embaixador dos Estados Unidos apresenta credenciais nesta semana
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Wilson Dias/ABrBrasília - Sem embaixador dos Estados Unidos desde meados do ano passado, o novo representante norte-americano será oficializado nesta semana. Na quinta-feira (4) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe as credenciais do novo embaixador, Thomas Shannon. Por quase oito meses, o Senado norte-americano protelou a aprovação do nome de Shannon por falta de consenso entre republicanos (oposicionistas) e democratas (governistas).
Brasília - O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chega para apresentar suas credenciais ao Ministério das Relações Exteriores
Shannon foi indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda quando ocupava a Subsecretaria do Departamento de Estado para as Américas. A indicação ocorreu em maio do ano passado, mas só em 24 de dezembro de 2009 houve a aprovação. Ele substitui Clifford M. Sobel, que deixou o Brasil em meados de 2009 e foi indicado para a função pelo ex-presidente George W. Bush.
Para o governo brasileiro, a escolha de Shannon para comandar a Embaixada dos Estados Unidos é motivo de comemoração pois ele é um dos melhores representantes da diplomacia norte-americana. Como no passado ele trabalhou como assessor da embaixada em Brasília (de 1989 a 1992), o novo embaixador conhece bem o Brasil.
Em um português fluente, Shannon disse, ao chegar ao Brasil no último dia 8, que sua prioridade é aprofundar as relações com o governo brasileiro e elaborar uma agenda comum para o século 21. “É um grande prazer estar de volta aqui no Brasil. É um país muito importante para nós. Vamos começar a trabalhar, aprofundando a parceria para o século 21”, afirmou.
Shannon tem experiência diplomática em lidar com situações de crise. Ele trabalhou nas embaixadas dos Estados Unidos na Venezuela – país que mantém uma tensa relação com os EUA – e África do Sul, exatamente no período das negociações pelo fim do apartheid (regime de segregação racial).
A demora na aprovação do nome de Shannon foi provocada pelas divergências na política interna norte-americana. Os vetos ao seu nome - retirados posteriormente – foram dos senadores republicanos Jim DeMint e George LeMieux. Os dois parlamentares discordavam das posições assumidas por Shannon na condução das negociações em busca de um acordo para o fim da crise política em Honduras.
Edição: Graça Adjuto
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