26 de Agosto de 2009 - 11h03 - Última modificação em 26 de Agosto de 2009 - 11h03
CPI sobre gestão de Yeda será instalada hoje no Rio Grande do Sul
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção será instalada na tarde de hoje (26) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, para apurar denúncias de desvio de recursos públicos e pagamento de propina que envolvem o governo de Yeda Crusius (PSDB). O pedido para a formação de uma CPI foi apresentado pela deputada estadual Stela Farias (PT), no primeiro semestre deste ano e ganhou força no início de agosto, depois de o Ministério Público Federal apresentar denúncia e pedir o afastamento da governadora, acusada de improbidade administrativa.
A ação é baseada em documentos, gravações e depoimentos colhidos na Operação Rodin, deflagrada em maio de 2007 pela Polícia Federal. A PF realizou escutas telefônicas de diversas pessoas suspeitas de usar fundações de apoio vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para praticar crimes, como fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.
Além da governadora mais oito pessoas são acusadas do esquema que teria desviado R$ 44 milhões dos cofres do governo. Yeda terá que enfrentar dois pedidos de impeachment, além da CPI. Um dos pedidos foi apresentado pelo P-SOL e o outro, por servidores do governo.
O relator da CPI será o deputado Coffy Rodrigues (PSDB), colega de partido de Yeda. Ele chegou a adiantar que dará prioridade para ouvir os dois ex-presidentes do Departamento de Trânsito (Detran), Estela Maris Simon e Sérgio Buchmann.
Coffy Rodrigues quer otimizar o tempo de trabalho da CPI e, por isso, é contra incluir o depoimento das pessoas já indiciadas pelo Ministério Público Federal e que foram ouvidas na CPI do Detran, que funcionou anteriormente. “O que não pode é trazer todos aqueles que já vieram, estão indiciados, já deram depoimento à CPI, já é de conhecimento público toda esta investigação”, ressaltou.
Já a presidente da CPI, deputada Stela Farias, acusa o relator de tentar “blindar” o governo. “Existem pessoas que vieram durante a CPI do Detran e não falaram nada ou omitiram a verdade”, disse a deputada que elaborou um cronograma de trabalho que inclui a audiência de cerca de 60 pessoas.
Estão citados na ação, além da governadora, seu ex-marido, o professor Carlos Crusius, o deputado federal José Otávio Germano, os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia (PMDB) e Frederico Antunes (PP), o ex-secretário Delson Martini, a assessora da governadora Walna Vilarins Meneses, o vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, e o presidente do Tribunal de Contas do estado, João Luiz Vargas.
Edição: Talita Cavalcante
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