25 de Agosto de 2009 - 18h06 - Última modificação em 25 de Agosto de 2009 - 19h51
Gerente da Petrobras nega superfaturamento, mas diz que obra de refinaria custará o triplo
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mesmo admitindo que o custo total das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, será o triplo do que foi orçado, em 2006, o gerente-geral de Implementação de Empreendimentos para a refinaria, Glauco Colepicolo Legatti, disse hoje (25), em depoimento à CPI da Petrobras no Senado, que não houve superfaturamento ou sobrepreço em nenhuma fase de implantação da unidade.
O projeto inicial previa, de acordo com Legatti, US$ 4 bilhões e agora a estimativa é de que o custo total seja US$ 12 bilhões, custo que ainda está sendo analisado pela Petrobras. "Não batemos o martelo, mas essa é a estimativa”, disse Legatti. Ele admitiu que o encarecimento da obra ocorreu por indefinições no projeto básico,do aumento nos preços de equipamentos e produtos, além da inclusão de um sistema de tratamento de enxofre e de diminuição de emissões de gases tóxicos.
“As propostas estão dentro do nível de aceitabilidade. Não existe sobrepreço. Existiria se estivesse acima da margem”, disse Legatti.
A refinaria está sendo construída no Polo de Suape, município de Ipojuca, perto de Recife. Trata-se de uma parceria com o governo da Venezuela por meio da PDVSA, estatal venezuelana de exploração de petróleo.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) cita a existência de superfaturamento na obra da refinaria e motivou o bloqueio de R$ 16 milhões dos R$ 63,5 milhões que deveriam ter sido pagos ao consórcio que realiza a obra, entre dezembro de 2008 e abril de 2009. A Controladoria-Geral da União, com base no documento do TCU, apontou ainda erros da Petrobras na construção da unidade.
Edição: Aécio Amado
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