1 de Fevereiro de 2010 - 09h02 - Última modificação em 1 de Fevereiro de 2010 - 12h23
Participantes prometem pôr discussões em prática
Paula Laboissière
Enviada especial
Valter Campanato/ABrSalvador - A secretária-geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Ione Santana de Oliveira, acompanhou os três dias de debates no Fórum Social Mundial Temático da Bahia,com os três filhos e o marido. Ela já havia participado de dois outros fóruns, incluindo o do ano passado em Salvador. Entre as discussões que conseguiu acompanhar, priorizou as que trataram do movimento sindical, do assédio moral no ambiente de trabalho, da precarização do emprego e da terceirização da mão de obra.
Salvador - Militantes de diversos movimento fazem marcha de encerramento do Fórum Social Mundial nas ruas da cidade
“Debatemos no fórum o futuro do Brasil. Estou com a família toda, todos engajados na luta porque tudo o que temos hoje foi conquista dos trabalhadores, dos oprimidos – não foi nenhum governo que deu, foi o movimento social”, disse.
Ricardo Maia é integrante do movimento ambientalista de Salvador e também participou dos três dias de encontro. Para ele, o fórum serve como oportunidade para tratar de temas que levam a melhorias sociais. “É importante que as pessoas participem, se informem sobre o que aconteceu e sobre o que vai acontecer nos próximos fóruns para que não fiquemos alienados e sem compromisso com as questões que nos afetam”, afirmou.
Na área ambiental, os destaques, segundo ele, foram as mesas que trataram das mudanças climáticas, do encontro em Copenhague e do atual momento, definido pelo próprio ambientalista como o “de remediar os danos e de visualizar que um outro mundo é possível”.
Antônio Lourenço de Andrade também integrou o movimento ambientalista presente no fórum e, como muitos outros, teve dificuldade para acompanhar as mesas. “Tivemos poucas chances de falar o que pensamos porque as discussões ficaram muito dispersas, em locais diferentes. Ficou meio fragmentado, não deu para ter uma ideia geral”, disse. O resultado: voltou para casa com um projeto na área em que trabalha ainda sem conclusão, já que não pôde acompanhar tudo o que queria.
Merongue Tapurumã é pataxó da aldeia Caramuru, na Bahia, e participou do Fórum Social Mundial pela primeira vez. Segundo ele, tudo o que foi absorvido das mesas de debate vai ser levado para a aldeia e repassado aos colegas mais jovens. “No fórum, a gente conhece pessoas de culturas diferentes e mostra quem somos nós, povos indígenas. É a primeira vez mas voltaria a participar em 2013, com certeza”, disse, ao se referir à candidatura da capital baiana para sediar o evento.
Edição: Talita Cavalcantes
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