30 de Dezembro de 2008 - 12h48 - Última modificação em 30 de Dezembro de 2008 - 12h48
Brasil consegue integrar a lista de países com grau de investimento
Da Agência Brasil
Brasília - A agência internacional de análise de risco Fitch Ratings elevou o Brasil ao grupo de países com grau de investimento. O anúncio, feito em maio, confirmou a condição do aumento da nota de risco (rating) do Brasil, avaliada pela agência Standard & Poor's um mês antes.
De acordo com a nota divulgada pela Fitch, a alta do rating (capacidade de um país ou uma empresa de saldar seus compromissos financeiros) “reflete uma melhora dramática das balanças pública e externa do Brasil, que têm reduzido a vulnerabilidade brasileira ante choques externos e cambiais e fortifica a estabilidade econômica reforçando suas previsões de crescimento de médio prazo".
A agência ainda referiu-se às ações do governo, que segundo o comunicado, “têm estabelecido um compromisso com a inflação baixa e com o superávit primário, que vêm eliminando as antigas preocupações sobre a sustentabilidade fiscal no médio prazo".
A avaliação da Fitch foi a terceira para o Brasil em 2008. No início de maio, a agência Moody's classificou o país no segundo grupo e alegou a dívida pública brasileira como principal entrave a uma melhor avaliação.
Com a nota, o Brasil deu mais um passo para se consolidar no grupo dos países considerados bons pagadores e com condições de receber recursos de grandes fundos internacionais, que só investem em países que têm a classificação de grau de investimento atestado por pelo menos três agências de rating.
Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a solidez fiscal foi a principal razão para a concessão do grau de investimento ao Brasil pela Fitch. “Não foi por acaso que a Fitch nos concedeu o grau de investimento no dia seguinte à apresentação do resultado fiscal de abril. Tivemos superávit nominal, o que significa que diminuímos a dívida [pública] e ainda sobrou dinheiro”, disse Mantega na ocasião.
Já o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, considerou que o grau de investimento aumentaria a qualidade dos investimentos estrangeiros. Para ele, o reconhecimento traria para o país “investidores de maior qualidade, donos dos investimentos que vão para o setor produtivo, com prazo de permanência maior no país”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário