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domingo, 28 de dezembro de 2008

Agência Brasil - Para economista, "medo" é o pior conselheiro em tempos de crise - Direito Público

 
27 de Dezembro de 2008 - 11h39 - Última modificação em 27 de Dezembro de 2008 - 11h39


Para economista, "medo" é o pior conselheiro em tempos de crise

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O medo é o pior conselheiro para o enfrentamento dos efeitos da crise financeira mundial. A afirmação é do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos principais interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o assunto é política econômica.

“Acho que toda a sociedade está alerta para isso, está disposta a enfrentar. É preciso não temer [os efeitos da crise]. O medo é o pior conselheiro que se pode ter nesse momento”, disse o economista, em entrevista à TV Brasil.

Economista da Unicamp, Belluzzo foi chefe da Secretaria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda, no governo de José Sarney, e secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, no governo de Orestes Quércia. Belluzzo ressaltou, no entanto, que é preciso não subestimar os efeitos da crise internacional. “Ao mesmo tempo não se pode subestimar os efeitos de uma crise que é geral, internacional, que não vai poupar ninguém.”

“O consumidor brasileiro não deve se assustar. Se ele se assustar e se retrair, além do que é necessário para se proteger, claro que o efeito sobre os demais vai ser ruim. Se eu paro de gastar, você para de ganhar. Se eu não compro o seu produto, prejudico sua renda. Com isso, você prejudica o outro”, explicou.

A idéia de Belluzzo está no centro da campanha que o governo lançou, estimulando o consumo, duas semanas antes do Natal que tem com o slogan “O mundo confia no Brasil e o Brasil confia nos brasileiros”.

Para ele, a economia brasileira mostra que tem condições de enfrentar a crise sem que haja desemprego em massa. Nesse caso, Belluzzo destaca a necessidade de o governo absorver o desemprego que deverá ser gerado no próximo ano.

“O desemprego em massa é uma probabilidade muito baixa. Se o desemprego aumentar, é preciso que o governo reabsorva a franja de desempregados que foi criada pelo desenvolvimento da crise. Mas desemprego em massa, eu acho improvável”, comentou.






 


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