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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Agência Brasil - Caem estimativas de juros e de inflação para 2009 - Direito Público

 
29 de Dezembro de 2008 - 11h46 - Última modificação em 29 de Dezembro de 2008 - 12h25


Caem estimativas de juros e de inflação para 2009

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - A taxa básica de juros, de 13,75% ao ano, também conhecida como Selic – porque remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) – deve fechar o ano de 2009 em 12%, e não mais 12,25% como previa o boletim Focus da semana anterior.

Na pesquisa que o Banco Central fez, na última sexta-feira (26), com analistas de mercado e de instituições financeiras, e divulgada hoje (29), as expectativas referentes ao abrandamento da política monetária melhoram um pouco, a começar pela redução prevista de 0,25% da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 20 e 21 de janeiro.

Isso porque, de acordo com a pesquisa semanal, as pressões inflacionárias também estão em queda. Os entrevistados mantiveram a perspectiva de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste mês em 0,4%, de modo a fechar a inflação do ano em 6,03%. Comparação entre as duas últimas pesquisas de 2008, reduziu de 5,02% para 5% a estimativa de inflação para 2009.

O boletim Focus manteve também a projeção de 5,6% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país neste ano, e elevou de 2,4% para 2,44% a

expectativa de aumento da economia para o ano que vem. Isso, apesar de a estimativa de crescimento da produção industrial em 2009 ter diminuído de 3% para 2,9%.

De acordo com a pesquisa do BC, a relação entre dívida líquida do setor público e PIB deve encerrar este ano em 37%. O que significa dizer que 37% de tudo que o país produz estão comprometidos com o pagamento da dívida. Quanto mais baixo o índice, maior a capacidade de pagamento do país e a credibilidade dos investidores estrangeiros.

A relação dívida/PIB caiu gradativamente entre 2003 (quando atingiu 52,3%) e 2008. Mas, em razão do menor crescimento da economia no ano que vem, deve continuar no patamar atual ou até aumentar para 37,1% segundo expectativas dos analistas.

A pesquisa do BC manteve também a expectativa de que o saldo da balança comercial (exportações menos importações) será de US$ 24 bilhões neste ano, mas cai para US$ 15 bilhões em 2009. Houve, portanto, leve melhora em relação à perspectiva da pesquisa anterior, que previa saldo de US$ 14,5 bilhões.

O saldo de conta corrente, que abrange todas as transações comerciais e financeiras com o exterior, deve mesmo encerrar 2008 com prejuízo de US$ 29 bilhões para o país, e igual estimativa era feita para 2009, mas os analistas agora acreditam que o saldo negativo será menor: em torno de US$ 25 bilhões.

A maior estimativa de redução acontecerá na entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no setor produtivo, de acordo com os entrevistados pela pesquisa do BC. Em razão da crise financeira internacional, o IED de 2008, que até a semana passada, estava previsto em US$ 36,9 bilhões, deve cair para US$ 36,45 bilhões, e a perspectiva de dinheiro externo para o próximo ano cai para US$ 21,5 bilhões.



Matéria alterada para acréscimo de informações.  


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