27 de Outubro de 2009 - 18h09 - Última modificação em 27 de Outubro de 2009 - 19h32
Senado decide na próxima quinta-feira envio de missão à Venezuela
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão de Relações Exteriores vai decidir na próxima quinta-feira (29) se um grupo de cinco senadores será enviado à Venezuela para analisar as condições políticas e econômicas para o ingresso do país vizinho no Mercosul. O requerimento propondo o envio dos parlamentares foi apresentado hoje (27) pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), com o apoio do senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
Apesar da proposta dos senadores, está mantida para quinta-feira (29) a votação do relatório sobre o ingresso dos venezuelanos no bloco. Senadores da oposição reclamam da suposta existência de pressão para apressar a votação do tema, mas reconhecem também que o governo tem maioria para evitar novos adiamentos nos debates.
Paralelamente, o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) sugeriu hoje (27) que seja feito um acordo com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, para que ele assegure o cumprimento de garantias de que vai respeitar e cumprir os princípios democráticos.
Relator do assunto na comissão de Relações Exteriores do Senado, Tasso sugeriu que a base aliada negocie com o governo de Chávez para assegurar o eventual cumprimento de um acordo a ser definido.
“É necessário que sejam dadas garantias formais de que o jogo democrático será respeitado e também a questão econômica”, afirmou Tasso, que elaborou relatório contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul, sob alegação de que Chávez não respeita a cláusula democrática. “Eu posso rever [o relatório]. Mas não estou dizendo que vou rever.”
Depois de aprovado na comissão, o relatório deverá ser votado no plenário do Senado. Na manhã de hoje (27), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ratificou que é contra a adesão dos venezuelanos no Mercosul. Assim como os integrantes dos partidos de oposição, Sarney disse que teme o descumprimento da cláusula democrática.
Na tarde de hoje, o prefeito de Caracas (Venezuela), Antonio Ledezma, que faz oposição a Chávez, defendeu com veemência o ingresso de seu país no bloco. Segundo ele, o isolamento pode prejudicar os venezuelanos.
Edição: João Carlos Rodrigues
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