3 de Dezembro de 2008 - 20h21 - Última modificação em 3 de Dezembro de 2008 - 20h21
Crescimento do Brasil pode ser prejudicado pela falta de engenheiros no mercado
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O número de engenheiros no Brasil é insuficiente para o crescimento previsto para o país. O alerta foi dado hoje (3) pelo presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, durante o Congresso Mundial de Engenheiros, que está sendo realizado em Brasília. O presidente Lula participou do evento e associou a carência desses profissionais aos 20 anos de estagnação econômica no Brasil.
“Se o número de vagas no mercado de trabalho hoje é maior do que o número de engenheiros, muito disso se deve à estagnação da nossa economia durante as décadas de 80 e 90, o que causou queda na demanda por esses profissionais e, conseqüentemente, no interesse pela profissão”, disse Lula.Segundo o presidente, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) transformou o país num canteiro de obras, e isso representa um estímulo para a formação de novos engenheiros. “O Estado precisa ser um indutor da economia deste país. Acabou aquele tempo em que, por causa de uma crise qualquer, o Estado passava a se encolher”, declarou.
Também presente no evento, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que “as críticas que objetivavam tirar do Estado a capacidade de investir prejudicaram a engenharia nacional”.
Para o presidente da FNE, a estagnação é, até hoje, o problema que mais prejudica a engenharia. “O mercado está apenas aquecendo, e já temos um déficit considerável de profissionais sendo formados”. Murilo Pinheiro informou que anualmente entram para o mercado 30 mil novos engenheiros, quando o mínimo deveria ser de 60 mil. “É pouco, porque quanto mais desenvolvimento e crescimento o país conquistar, de mais engenheiros precisará.”
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