3 de Dezembro de 2008 - 17h29 - Última modificação em 3 de Dezembro de 2008 - 17h29
Jobim apresenta Plano Estratégico de Defesa a líderes partidários
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, reuniu-se hoje (3) com os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados e no Senado, para apresentar detalhes do Plano Estratégico de Defesa.. Por sugestão de Jobim, a reunião foi na residência oficial do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
A apresentação das linhas gerais do plano durou cerca de duas horas e, embora Jobim tenha defendido, entre outras coisas, o reaparelhamento das Forças Armadas, não foram apresentadas quaisquer estimativas sobre custos da implementação do plano estratégico.
“Não se falou em termos de valores, mas sim de providências e das estratégias necessárias. O ministro disse que as Forças Armadas precisam ser reequipadas, pois a falta de componentes tecnológicos muitas vezes deixa nossos militares despreparados”, detalhou o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), ao deixar a reunião.
Garibaldi considerou positiva a disposição do ministro em debater o assunto com os líderes partidários. Segundo o senador, os parlamentares presentes ao encontro se mostraram simpáticos à iniciativa de dotar o país de um política mais abrangente para a defesa nacional. “A exposição ganhou a simpatia dos líderes. Só a disposição de debater já é um fator muito positivo”, afirmou.
Embora o plano em si não necessite da aprovação do Congresso Nacional, várias medidas terão que ser aprovadas pelos parlamentares para entrar em vigor e tornar viável a futura estratégia nacional. Alguns desses projetos devem chegar ao Congresso já em 2009. “Para que o plano vá adiante, o Congresso terá que aprovar uma série de medidas legislativas, e o ministro está preparando o ambiente para isso”, comentou o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
De acordo com o presidente da Câmara, Jobim falou sobre a necessidade de complementar o processo de implementação do próprio ministério, criado em junho de 1999 com o objetivo de ter um órgão de defesa que reunisse os Comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. Desde o início, a proposta era, com a criação do ministério, otimizar o sistema de defesa nacional e formalizar uma política sustentável para o setor.
Ainda segundo Chinaglia, Jobim também falou sobre a qualificação dos militares, a redistribuição das tropas pelo território brasileiro e a importância de o país contar com uma indústria bélica desenvolvida e auto-suficiente. Além disso, o ministro afirmou que, entre 2015 e 2025, os atuais aviões de combate da Força Aérea Brasileira (FAB) terão que ser substituídos.
Perguntado se os parlamentares não questionaram a falta de detalhamento sobre quanto dinheiro essas iniciativas irão exigir, Chinaglia disse que não houve debates e que, como a reunião havia sido sugerida pelo próprio ministro, coube a ele decidir o que apresentaria aos parlamentares.
Chinaglia disse que sugeriu às Comissões de Relações Exteriores e Defesa da Câmara e do Senado a realização de um debate conjunto para discutir o assunto. Segundo ele, a proposta foi acatada. Além disso, acrescentou o deputado, Jobim confirmou que o Conselho Nacional de Defesa voltará a se reunir no próximo dia 11 para "bater o martelo" sobre o plano estratégico.
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