3 de Dezembro de 2008 - 17h59 - Última modificação em 3 de Dezembro de 2008 - 18h03
Ministro de Segurança Institucional diz que deve concluir em duas semanas sindicância sobre Abin
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix, previu hoje (3) que, dentro de duas semanas, deve estar concluída sindicância interna aberta para investigar se funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) grampearam autoridades, entre elas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Ele informou, no entanto, que o futuro de Paulo Lacerda, diretor afastado da Abin, só será definido após a conclusão do inquérito da Polícia Federal.
Sem antecipar resultados da sindicância sigilosa, o general limitou-se a dizer que os trabalhos não serão prorrogados. “Estamos terminando o relatório”, disse à imprensa, durante celebração dos 70 anos do GSI, no Palácio do Planalto. Ele não informou se o relatório final será divulgado publicamente.
Sobre uma possível volta de Paulo Lacerda ao comando da Abin, Félix afirmou que a decisão é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, segundo o general, aguardará o término das investigações da Polícia Federal sobre o caso. “O presidente deixou bem claro que esperaria o decorrer do prazo do inquérito. O sindicante não dispõe dos mesmos meios de que dispõe o encarregado do inquérito. A sindicância é administrativa, é interna”, justificou.
“A sindicância é para apurar a questão daquilo que foi chamado de possível ocorrência de uma escuta telefônica e eventualmente definir se há responsabilidade de integrantes da Abin”, acrescentou.
Em setembro, Lula determinou o afastamento temporário de Lacerda depois da suspeita de que agentes da Abin teriam realizado escutas telefônicas ilegais.
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