3 de Dezembro de 2008 - 21h35 - Última modificação em 3 de Dezembro de 2008 - 21h35
Advogado de Dantas não conhece funcionário do STF que tinha contato com Hugo Chicaroni
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O advogado Nélio Machado, que defende o banqueiro Daniel Dantas, disse que não conhece o ex-funcionário do Supremo Tribunal Federal (STF) Sérgio de Souza Cirillo, um coronel da reserva do Exército que ocupou o cargo no STF entre os dias 30 de julho e 06 de outubro deste ano, quando foi exonerado.
Cirillo é citado no processo que condenou o banqueiro Daniel Dantas como o homem que manteve contatos telefônico com Hugo Chicaroni, funcionário de Dantas e que também foi condenado. Os dois teriam trocado telefonemas em nove oportunidades, entre 04 de junho e 07 de julho deste ano, um dia antes da Operação Satiagraha ter sido deflagrada em São Paulo e Chicaroni ter sido preso.
“Eu não conheço nenhum assessor do ministro Gilmar Mendes. Eu conheço o ministro, que também me conhece. Há 34 anos eu defendo causas no Supremo e eu jamais precisei de assessor de quem quer que seja para falar com qualquer magistrado, especialmente ministros do Supremo Tribunal Federal que são exemplares no acesso que dão aos advogados”, disse o advogado Nélio Machado em entrevista concedida ontem (2) em São Paulo.
Hoje (3), o presidente do STF Gilmar Mendes informou que enviou uma representação à Procuradoria Geral da República solicitando a apuração de uma suposta ligação de Cirillo com o grupo coordenado por Dantas.
Ontem, o juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, condenou o banqueiro Daniel Dantas a dez anos de prisão, em regime fechado, e multa de mais de R$ 1,4 milhão por corrupção ativa. No processo que levou a condenação, Dantas é acusado de tentar subornar um delegado da Polícia Federal para ter seu nome retirado das investigações da Operação Satiagraha.
Na sentença que condenou o banqueiro Daniel Dantas, o juiz Fausto De Sanctis disse que Hugo Chicaroni, também condenado junto com Dantas, teria ligado para Cirillo, um “especialista em guerra eletrônica, com experiência profissional na área de Inteligência e Contra-Inteligência”.
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