29 de Dezembro de 2009 - 11h12 - Última modificação em 29 de Dezembro de 2009 - 11h12
Embaixada no Suriname orienta brasileiros a evitar áreas de risco
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cinco dias depois do ataque a brasileiros no Suriname, há informações, ainda não confirmadas oficialmente, de novas ameaças em outra região do país – Tabiki. A Embaixada do Brasil em Paramaribo (capital do Suriname) orientou os brasileiros para que evitem as áreas de risco e apelou ao governo surinamês para que intensifique as investigações. Do grupo atacado na véspera de Natal, um brasileiro pode ter o braço amputado em decorrência de um ferimento causado por facão.
O padre José Virgílio da Silva, que dirige a rádio Katolica e foi um dos primeiros a dar assistência às vítimas do ataque, afirmou à Agência Brasil que há ainda sete desaparecidos, entre eles, brasileiros. O Itamaraty, no entanto, não confirma esses dados.
Outra preocupação é com denúncias de brasileiros que vivem no Suriname que, durante o ataque, pelo menos 20 mulheres teriam sido estupradas pelos chamados “marrons” - os quilombolas (descendentes de escravos) surinameses.
Ontem (28), durante conversa da ministra de Negócios Estrangeiros do Suriname, Ligya Kraag-Keteldijk, com o secretário-geral do Itamaraty, Antônio Patriota, o diplomata brasileiro apelou para que todas as informações sejam checadas e as providências tomadas. Segundo informações do Itamaraty, Kraag-Keteldijk assegurou que todas as medidas necessárias serão implementadas.
Na véspera do Natal, cerca de 200 estrangeiros, entre brasileiros e chineses, foram atacados por quilombolas surinameses na região de Albina – a 150 quilômetros de Paramaribo. O local é habitado principalmente por garimpeiros e suas famílias, que não dispõem de documentos legais. O estopim teria sido um suposto crime envolvendo um brasileiro e um “marrom”.
De acordo com relatos dos sobreviventes, foi uma noite de terror, com cenas de massacre. O padre José Virgílio foi até o local do crime e registrou em imagens o que restou: casas destruídas, objetos pessoais e sangue. Segundo o religioso, o clima está mais tranquilo, mas a tensão ainda existe na região.
Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil - Embaixada no Suriname orienta brasileiros a evitar áreas de risco - Direito Público
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