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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Agência Brasil - Mortes na cidade do Rio não comprometem programação da passagem de ano, garante Paes - Direito Público

 
31 de Dezembro de 2009 - 14h31 - Última modificação em 31 de Dezembro de 2009 - 14h31


Mortes na cidade do Rio não comprometem programação da passagem de ano, garante Paes

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Apesar das mortes ocorridas  de ontem para hoje (31) no Rio de Janeiro em razão das fortes chuvas que assolam o estado, a prefeitura carioca não vai alterar a programação festiva do réveillon. Foi o que garantiu nesta tarde o prefeito Eduardo Paes. “De maneira nenhuma. É óbvio que a gente está triste e fica sensibilizado, pesaroso com as famílias. Mas o Rio de Janeiro é uma cidade de celebração, vai realizar uma grande festa com chuva, lua, céu aberto. Temos muitos visitantes. O réveillon vai ser um grande sucesso”, declarou.

Paes visitou pela manhã a Praça Seca, no bairro de Jacarepaguá, onde um deslizamento de terra matou cinco integrantes da mesma família. “Como prefeito do Rio, fui me solidarizar com as famílias que passaram por esses momentos terríveis na noite de ontem. Infelizmente, o que a gente está verificando são chuvas mais constantes e permanentes. E o acumulado faz com que haja uma série de deslizamentos acontecendo.”

O prefeito disse esses deslizamentos de terra não ocorreram em áreas consideradas pela Fundação Instituto de Geotécnica do Rio de Janeiro (Geo-Rio) como de maior risco na cidade. “No próprio caso dessa família em que faleceram  cinco pessoas na Praça Seca, era uma área que tinha vegetação”, observou.

Paes reiterou  que pela primeira vez, este ano, os pontos de alagamento ”são infinitamente menores do que o número de deslizamentos". O prefeito pediu à população em áreas de risco se desloque para a casa de parentes, caso haja sinais de perigo. “Não fiquem em casa porque, obviamente, esse acumulado de chuvas que estamos tendo e com a continuidade das chuvas hoje, sempre tem risco de novos deslizamentos.”

Ele destacou, porém, que se tratam de pequenos deslizamentos de terra que não apresentaram, até o momento, soterramento de várias casas. A maior parte deles tem sido registrada na zona norte da cidade. A prefeitura está direcionando os desabrigados para abrigos e alugando quartos em hotéis.

A Defesa Civil contabilizou um total de dez vítimas fatais no município do Rio, sendo cinco em Jacarepaguá,  duas em Vaz Lobo, duas em Irajá, uma em Cascadura, informou o coronel Marcelo Hess, superintendente da Defesa Civil municipal. A Defesa Civil computou  307 ocorrências de ontem para hoje: 100 deslizamentos de barreiras, 41 infiltrações e 19 inundações e alagamentos na cidade.

O prefeito avaliou que o plano de emergência  e de contingência do município está funcionando. “A prefeitura está presente nas ruas, tentando minimizar o sofrimento  das pessoas que, em alguns casos, infelizmente,  é muito difícil diminuir”. Ele admitiu que ainda há risco de novos deslizamentos, “enquanto perdurar essa chuva permanente, constante, chata.”



Edição: Enio Vieira  


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