30 de Novembro de 2009 - 14h55 - Última modificação em 30 de Novembro de 2009 - 14h55
Diretor-geral da OMC lamenta protestos violentos contra reunião em Genebra
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, lamentou que manifestantes, ligados a organizações não governamentais, tenham organizado um protesto contra a realização da conferência ministerial que ocorre até o dia 2 em Genebra. Os protestos geraram confrontos entre policiais e manifestantes. Em nota oficial, Lamy afirmou que a OMC está aberta ao debate com entidades ligadas à sociedade civil.
“É lamentável que uma expressão pacífica de descontentamento daqueles que têm diferenças honestas contra a OMC tenha sido perturbada por atos violentos de alguns poucos que não querem diálogo nem interação construtiva. A OMC está aberta ao debate com a sociedade civil”, afirmou Lamy, na nota.
Segundo a OMC, as discussões em Genebra reúnem representantes de 153 países, em um total de mais de 2,7 mil delegados e presenças de cerca de 500 integrantes da sociedade civil.
No último sábado, a polícia de Genebra conteve um protesto na capital suíça que reuniu cerca de 4 mil pessoas. Os policiais usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Com bandeiras e cartazes contra a OMC, os manifestantes criticam as medidas referentes à globalização e à liberalização econômica, como afirmavam no dia do protesto, e defendem ações em favor de segurança alimentícia.
Os ministros do G-20 (grupo dos países em desenvolvimento), reunidos em Genebra, vão dar prioridade às discussões sobre as barreiras econômicas aos produtos agrícolas. O assunto é um dos principais temas de preocupação do governo brasileiro.
Neste mês, o Brasil decidiu aplicar sanções aos Estados Unidos pela manutenção de subsídios ao algodão brasileiro. O Ministério de Relações Exteriores divulgou hoje (30) nota informando confiar no avanço das negociações e na consolidação dos acordos multilaterais como forma de vencer eventuais efeitos provocados por crises econômicas.
Edição: Lílian Beraldo
Nenhum comentário:
Postar um comentário