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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Agência Brasil - Cidades de fronteira recebem foliões dos países vizinhos - Direito Público

 
24 de Fevereiro de 2009 - 18h39 - Última modificação em 25 de Fevereiro de 2009 - 15h34


Cidades de fronteira recebem foliões dos países vizinhos

Morillo Carvalho
Repórter da Rádio Nacional

 
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Brasília - As cidades localizadas em regiões de fronteira também aproveitam os quatro dias de carnaval com muita folia. É o caso de Tabatinga (AM), na fronteira com a Colômbia, e de Oiapoque (AP), com a Guiana Francesa.

Tabatinga, com mais de 45 mil habitantes, tem nos dez blocos a força do seu carnaval de rua. A cidade recebe nos quatro dias de festa cerca de 15 mil foliões. Moradores do Peru e da Colômbia, países sem tradição carnavalesca, aproveitam para brincar o carnaval em Tabatinga. “O povo dos dois países participam ativamente conosco, do nosso carnaval. É tudo uma grande irmandade, não tem divisões não”, revela o prefeito, Saul Demergui.

O mesmo acontece no município amapaense de Oiapoque, a 600 quilômetros da capital, Macapá. Por muitos anos, o Cabo Orange, que fica na cidade, foi conhecido como o ponto mais ao norte do Brasil – depois descobriu-se que é, na verdade, o Monte Caburaí, em Roraima.

Ainda que tão distante de tudo, o Oiapoque tem quatro dias de intensa folia, e nem mesmo a chuva, que não parou de cair nos últimos dias, atrapalhou o desfile das duas escolas de samba e dos diversos blocos de rua da cidade. “Nossa escola desceu ontem (23) debaixo de chuva, de muita chuva mesmo. Mesmo assim, é uma festa muito bonita, são quatro dias de festa bem bonitos. Nem essa chuva toda faz o povo arredar o pé da avenida”, disse o carnavalesco da Escola de Samba Mais que Prazer, Murilo Fortaleza.

Assim como acontece em Tabatinga, com os seus vizinhos que vivem no Peru e na Colômbia, moradores da Guiana Francesa aproveitam o carnaval no Oiapoque. “Desceu um grupo da Guiana [Francesa], dançando o famoso trululu deles, o grupo Mufá-Melê. Eles desceram com a gente na avenida. A escola passou, eles vieram atrás, e começaram a batucada deles, depois que a gente saiu. O povo gosta muito porque é fronteira. É uma união de culturas aqui”, afirmou.





 


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