24 de Fevereiro de 2009 - 19h05 - Última modificação em 25 de Fevereiro de 2009 - 15h30
Pacotão encerra carnaval em Brasília com poucos foliões e muita irreverência
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Elza Fiúza/ABrBrasília - No segundo desfile pelas ruas de Brasília, o Pacotão não conseguiu atrair um número maior de foliões para acompanhar a irreverência de um dos blocos mais tradicionais da capital federal. O bloco encerra hoje (24) o carnaval de 2009 com mil participantes, mesmo número registrado no desfile de domingo (22).
Brasília - O jornalista J Pingo, um dos fundadores da Sociedade Armorial Patafísica Rusticana, conhecido como Pacotão, segura o estandarte do bloco
A estímativa, da Polícia Militar do Distrito Federal, é menor que os 5 mil foliões registrados no ano passado e que os 10 mil esperados pelos organizadores. Nem a homenagem ao carnavalesco Joãozinho Trinta, que acompanhou o desfile, foi suficiente para aumentar a adesão do público.
Apesar da menor participação popular, os membros do bloco afirmam que o Pacotão, caracterizado pelo humor e pela sátira política, está longe de morrer. “O que importa para a gente não é o número de pessoas, mas a empolgação de quem vem”, diz J. Pingo. Ele ajudou a fundar o Pacotão, neste ano carrega o estandarte do bloco, que desde 1977 percorre a W3 Sul, uma das principais avenidas de Brasília.
Para J. Pingo, a prova de que o bloco continua a fazer sucesso é a repercussão da música-tema, Perereca de Bigode, que satiriza a possível candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. “A marchinha está sendo cantada em todo lugar”, disse.
O Pacotão não se limita apenas à política, ele satiriza ainda outros assuntos, como a crise econômica internacional. “Ô Fed [de Federal Reserve, Banco Central norte-americano], não pode, 29 não é 2009”, diz uma das faixas, referindo-se à quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e à atual crise financeira internacional.
A conscientização também esteve presente no desfile. Uma das 18 marchinhas compostas para este ano aborda a Lei Seca e pede que os motoristas se divirtam com responsabilidade. Para reforçar a reivindicação, quatro deficientes físicos trazidos pela Secretaria de Saúde do DF desfilam para lembrar os riscos de combinar bebida e direção.
“Estamos aqui para alertar os motoristas sobre os perigos de dirigir depois de beber”, explica a cadeirante Iraci Araújo, 47 anos. Há 30 anos na cadeira de rodas, ela participa do Pacotão pelo segundo ano seguido.
O desfile conta ainda com espaço para as minorias. Pelo sexto ano, o Bloco LGBT Galera da Arara saiu dentro do Pacotão. A organização não-governamental Estruturação, organizadora do bloco gay, também distribui preservativos no local.
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