28 de Fevereiro de 2009 - 16h11 - Última modificação em 28 de Fevereiro de 2009 - 16h11
Usuários do metrô do Distrito Federal reclamam da superlotação e do preço do serviço
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A notícia de que o Governo do Distrito Federal (GDF) deverá comprar em breve mais 12 trens para o metrô que atende à região agradou aos usuários do transporte público, que criticam as condições e o preço do serviço. Em um mês, o GDF deverá assinar um contrato de empréstimo de R$ 260 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra dos novos trens.
A moradora de Ceilândia Edilaine de Moura pega o metrô todos os dias para trabalhar. Ela reclama dos atrasos e do preço da passagem, que custa R$ 3. “Está muito cheio, tem hora que atrasa muito, o pessoal reclama e também é muito cara a passagem, R$ 3 para andar num metrô que é sempre lotado. Precisa aumentar [a quantidade de trens] para melhorar a qualidade, porque não adianta a passagem subir e a qualidade não ser boa”, diz.
Para Bruna Monique de Oliveira Rosa, que também se desloca todos os dias de metrô de Ceilândia até a rodoviária do Plano Piloto, diz que os trens costumam chegar cheios às estações. “De manhã, se você for pegar o metrô você não consegue entrar, é muito cheio mesmo, você anda bem espremido, o povo passa mal, aí não tem como”. Ela duvida do cumprimento da promessa dos novos trens. “Isso está desde o ano passado, e até hoje nada, mas vamos ver aí o que vai dar”, afirma.
A moradora de Taguatinga Alda Maria de Oliveira, de 62 anos, diz que gosta de andar de metrô, mas reclama da falta de lugar para os passageiros mais velhos. “O metrô vem superlotado, não dão lugar para os idosos. Hoje eu quase vim em pé, mas eu adoro o metrô”. A usuária Eliane Vieira também acha que os idosos enfrentam mais dificuldade. “Fora isso, eu acho ótimo pego o metrô sempre que eu posso”.
O secretário de transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga, diz que o principal objetivo do governo é diminuir o tempo de espera e proporcionar mais conforto aos usuários. No entanto, ele garante que o preço não irá diminuir “de forma alguma”. “A linha do metrô de Brasília tem 42 quilômetros. O problema é que Brasília é atípica em relação às outras capitais, por causa das grandes distâncias”, justifica.
Fraga admite que os passageiros são transportados “espremidos”. “Hoje o metrô está estourado, a sua capacidade de transporte já está no limite”. Mas, ele diz que não se incomoda com as reclamações dos usuários sobre a superlotação do metrô nos horários de maior movimento. “Eu desafio alguém a me apresentar qualquer cidade do mundo que o metrô não seja cheio no horário de pico”, diz o secretário.
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