29 de Janeiro de 2009 - 18h44 - Última modificação em 29 de Janeiro de 2009 - 18h52
DEM oficializa apoio à candidatura de José Sarney
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Segunda maior bancada no Senado, com 14 parlamentares, o Democratas (DEM) oficializou hoje (29) o apoio à candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP) para suceder Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) na presidência do Senado no biênio 2009-2010. Esse apoio já era praticamente certo, uma vez que o líder do partido, Agripino Maia (RN), sempre declarou que o partido respeitaria o critério da proporcionalidade partidária.
Segundo Agripino Maia, não houve, na reunião da bancada hoje, qualquer manifestação contrária à candidatura de José Sarney. O líder do DEM afirmou que Sarney conta, também, com apoios do PR, PTB, PCdoB, além de integrantes de outros partidos.
Por duas vezes, durante a entrevista, Agripino Maia manifestou seu “desejo” de que Sarney também venha a ser apoiado pelo PSDB. Ontem, os tucanos conversaram com José Sarney e Tião Viana, candidato pelo PT, e passaram o dia em conversas com vários senadores. A decisão, porém, só deverá ser oficializada no domingo (1), véspera da eleição, quando a bancada volta a se reunir.
Agripino Maia confirmou a distribuição dos cargos, tanto na Mesa Diretora quanto nas presidências das comissões técnicas permanentes, lembrando que isso ocorrerá respeitando-se o critério da proporcionalidade partidária. “Quem defender critério diferente da proporcionalidade está defendendo a irracionalidade e a ilógica”, acrescentou.
Perguntado sobre a possibilidade de o PMDB ficar com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), cargo que está sob o comando dos Democratas, Agripino Maia falou que confia “nas conversas realizadas e a proporcionalidade vai garantir que o Democratas faça a segunda escolha na ordem de preferência das comissões e a segunda escolha dos cargos da Mesa Diretora”.
Desta forma, caso o PMDB, como a maior bancada, opte pela presidência da CCJ, caberia ao DEM a segunda escolha, que, provavelmente seria a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). “O Democratas não abre mão do que é por direito dele. Agora, o que vai ser direito dele, o processo de escolha vai definir”, defendeu o líder.
Questionado sobre a proximidade do senador José Sarney com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que poderia comprometer a autonomia do Senado, José Agripino afirmou que “Sarney é um homem muito aberto, não é petista, não tem alinhamento automático com o Executivo, e é um homem que poderá dialogar com o governo, mas também saberá ouvir a oposição”.
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