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sábado, 31 de janeiro de 2009

Agência Brasil - Em Davos, Amorim pede lobby contra protecionismo americano - Direito Internacional

 
30 de Janeiro de 2009 - 18h46 - Última modificação em 30 de Janeiro de 2009 - 19h07


Em Davos, Amorim pede lobby contra protecionismo americano

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu hoje (30) que todos os países façam um lobby sobre os parlamentares dos Estados Unidos para que não sejam aprovadas novas medidas protecionistas. “O que todos temos que fazer é um certo lobby no Congresso americano não em favor desse ou daquele, mas em favor do comércio multilateral”, afirmou Amorim, em coletiva de imprensa durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Amorim havia sido questionado sobre medida, incluída pela Câmara dos Estados Unidos no pacote de estímulo econômico do presidente Barack Obama, exigindo que o ferro, o aço e os produtos manufaturados utilizados nos projetos do pacote do novo governo sejam produzidos nos Estados Unidos. O pacote deve ser votado na próxima semana pelo Senado.

“Evidentemente isso não é um bom sinal. Isso tem que ser aprovado pelo Senado e também pelo presidente Obama, que terá a oportunidade de vetar”, comentou Amorim, frisando que tal medida seria contrária à disposição, manifestada por Obama em telefonema ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de concluir a atual rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). A Rodada Doha tenta justamente acabar com os subsídios oferecidos por norte-americanos e europeus a seus produtores, o que distorce o comércio internacional.

“O problema do protecionismo é que ele talvez seja a doença mais contagiosa que existe. Se ele vingar nos Estados Unidos ele vai vingar em toda parte do mundo”, comentou Amorim.

O recrudescimento de medidas protecionistas em reação à crise financeira internacional tem sido criticado por praticamente todos os líderes que estão em Davos. Em discurso nesta sexta-feira, a chanceler alemã Ângela Merkel chegou a criticar pontualmente os subsídios concedidos pelo governo norte-americano à indústria automobilística e alertou para os riscos caso tais práticas se prolonguem.

“Obviamente os momentos de dificuldade econômica geram temor, mas são também os momentos em que essas medidas são mais necessárias”, avaliou Amorim. “Como a esperança venceu o medo, é preciso que a coragem vença o medo”, acrescentou, em referência ao discurso de posse de Barack Obama.



 


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