29 de Janeiro de 2009 - 19h42 - Última modificação em 29 de Janeiro de 2009 - 19h42
Financiamentos do BNDES passaram de R$ 92 bilhões em 2008
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) cresceram 42,1% em 2008 na comparação com o ano anterior, apesar da crise financeira internacional. Os desembolsos atingiram R$ 92,2 bilhões no ano passado, superando as expectativas iniciais entre R$ 80 bilhões e R$ 85 bilhões.
“O banco se esforçou muito, a partir do agravamento da crise, para responder positivamente. Acelerou o desempenho para poder responder e ajudar a economia brasileira. De maneira que foi um ano positivo em que, mais uma vez, o BNDES cumpriu o seu papel histórico de ser o banco do desenvolvimento do Brasil. O grande banco que apóia o investimento, que apóia a transformação positiva da economia brasileira”, disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ao apresentar os números.
A indústria como um todo puxou o crescimento dos financiamentos do banco em 2008, com um total de R$ 39,02 bilhões em recursos liberados, revelando incremento de 48% no período em relação a 2007. Excluindo as operações de apoio à exportação de veículos (pré-embarque), a expansão dos desembolsos para a indústria foi de 46,9%. No setor industrial, o destaque foram os projetos de ampliação da capacidade produtiva.
Para infra-estrutura, os recursos liberados cresceram 36,9%, somando R$ 35,1 bilhões, confirmando a ascensão do investimento nessa área, cuja tendência de crescimento foi iniciada em 2006. Coutinho afirmou que a expectativa é que essa ascensão continue em 2009, quando o banco já tem aprovou, somente em operações diretas em infra-estrutura, uma carteira de projetos que alcança cerca de R$ 32 bilhões. “É uma carteira bastante firme e está em ascensão”, disse.
O presidente do BNDES afirmou que mesmo no terceiro trimestre do ano passado, quando a economia brasileira começou a sentir os efeitos da retração internacional de crédito, o impacto foi muito moderado sobre o desempenho do banco. “Ou seja, o BNDES continuou em um processo de elevação dos desembolsos, inclusive no último trimestre, o que permitiu fechar esses números”.
Coutinho reconheceu que em 2009, os desafios serão maiores, em razão do agravamento da crise de crédito no mercado internacional. Alguns setores já começaram a postergar investimentos, entre os quais os de siderurgia, papel e celulose. Ele disse ainda que o BNDES está buscando encontrar formas de abreviar o ajuste e minimizar os seus efeitos negativos sobre o emprego, “de forma que a economia brasileira possa voltar a ter mais previsibilidade quanto ao seu potencial de crescimento”.
O presidente do BNDES acredita que a economia do Brasil é, atualmente, uma das poucas economias no mundo que apresenta condições de continuar crescendo, “porque tem investimentos muito rentáveis em infra-estrutura, tem oportunidades na cadeia de petróleo e gás, que é muito importante. Se nós soubermos sustentar os outros setores de mercado interno e construção residencial e pudermos ajudar a indústria voltada para o mercado interno, a economia brasileira pode ultrapassar essa crise”, afirmou.
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