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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Agência Brasil - Proibição de som para Mudança do Garcia traz à tona briga política - Direito Público

 
20 de Fevereiro de 2009 - 16h43 - Última modificação em 20 de Fevereiro de 2009 - 17h41


Proibição de som para Mudança do Garcia traz à tona briga política

Luciana Lima
Enviada Especial

 
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Salvador - A briga entre o PT e o PMDB, que se acirrou no segundo turno das eleições para a prefeitura de Salvador, vem se refletindo no carnaval. Os integrantes da Mudança do Garcia, bloco formado por sindicalistas e partidos políticos, principalmente o PT, além de integrantes de movimentos sociais, estão às turras com a administração peemedebista da capital baiana, porque foram proibidos de usar carros de som, mini-trios ou trios elétricos. A disputa no segundo turno das eleições no ano passado se deu entre João Henrique Carneiro (PMDB), atual prefeito reeleito, e o candidato do PT, Walter Pinheiro.

A Mudança do Garcia se caracteriza principalmente pela sátira política e tem o hábito de “invadir” o circuito oficial do carnaval baiano no Campo Grande e “atrasar” o desfile dos blocos cadastrados pela prefeitura. “Quando o PT estava na administração, isso ocorreu sem briga, com o maior bom humor e foi ótimo”, destacou o deputado federal Luiz Alberto (PT) que, desde o final da década de 1960, desfila no bloco. “O que estão fazendo é uma censura política”, disse o deputado.

Cláudio Tinoco, presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), ligada à administração municipal, retrucou: “Mas tudo nessa terra se transforma em política!”

Ele alega que a proibição da utilização dos carros de som para a Mudança do Garcia foi tomada de maneira conjunta pelo Conselho Municipal do Carnaval. “O conselho decidiu isso porque vários grupos políticos usavam a Mudança do Garcia para se promover, para aparecer. São pequenas agremiações, blocos pequenos que se infiltram. Não podemos permitir que essas agremiações utilizem, de forma desordenada, a Mudança do Garcia”, justificou Tinoco.

O presidente da Saltur ainda fez questão de destacar que a empresa apóia a Mudança do Garcia, tanto que incluiu o bloco, nesse ano, no circuito oficial do carnaval. “Demos R$ 30 mil para o bloco”, disse ele.

Mas os integrantes do bloco sustentam que dar voz a quem não tem é a principal característica da Mudança do Garcia e garantem que vão levar o carro de som para o Campo Grande. “Tirar o som da Mudança do Garcia é calar a voz do bloco, é limitar”, disse Wellington Fera, componente do bloco e membro da diretoria. “Vamos fazer o arrastão na segunda-feira. Primeiro entram as carroças, os cavaleiros, depois as baianas e as fanfarras e depois todas as entidades, que costumam desfilar no Garcia com seus mini-trios”, informou o integrante do bloco que desfila durante o dia, toda segunda-feira de carnaval.

A expectativa dos organizadores e das várias comunidades envolvidas com o bloco é que cerca de 20 mil pessoas desfilem na Mudança do Garcia. Trata-se do maior bloco de rua de Salvador. O bloco surgiu nos anos 1940 e, originalmente, era composto somente por moradores do bairro Garcia. Depois, outros movimentos foram se juntando, além de pessoas de outros bairros.

 



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