28 de Junho de 2009 - 10h36 - Última modificação em 28 de Junho de 2009 - 10h36
Dezesseis comunidades do Complexo da Maré discutem segurança pública
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pelo menos 180 pessoas de 16 comunidades do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, vão discutir propostas de segurança pública durante todo o dia de hoje (28). O objetivo da Conferência Livre na Maré sobre Segurança Pública é fechar um documento com as idéias dos moradores do conjunto de favelas para apresentar à 1a Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), que acontece em agosto, em Brasília.
Segundo Eliana Sousa Silva, diretora da organização não-governamental Redes de Desenvolvimento da Maré, serão discutidos três assuntos principais: a prevenção à violência, o sistema penitenciário e a aplicação de uma política nacional de segurança em estados e municípios.
“Tem essa perspectiva de se estar ‘linkando’ com essa coisa maior, que é Conferência Nacional, mas também é uma iniciativa de iniciar um processo de mobilização dos moradores da Maré em torno dessa questão da segurança pública”, afirmou Eliana.
O conjunto de favelas, localizado na zona norte do Rio, que tem mais de 130 mil habitantes, tem vivenciado há cerca de um mês constantes confrontos entre criminosos de quadrilhas rivais, que disputam pontos de venda de drogas.
Durante este período, segundo Eliana, pelo menos 20 pessoas morreram nos confrontos entre os próprios criminosos e nas trocas de tiros entre eles e os policiais. Durante cerca de três semanas, as escolas do Complexo da Maré também ficaram fechadas por causa dos tiroteios.
Edição: Lílian Beraldo
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