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terça-feira, 30 de junho de 2009

Agência Brasil - Zelaya promete voltar a Honduras na quinta-feira - Direito Internacional

 
30 de Junho de 2009 - 17h06 - Última modificação em 30 de Junho de 2009 - 17h06


Zelaya promete voltar a Honduras na quinta-feira

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, confirmou hoje (30) que retornará a seu país na próxima quinta-feira (2). A declaração foi feita em coletiva de imprensa, em Nova York, logo após aprovação, pela Organização das Nações Unidas (ONU), de resolução condenando o golpe militar no país centro-americano e pedindo o imediato retorno de Zelaya, eleito democraticamente em 2005. Seu mandato vai até 27 de janeiro de 2010.

De acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, Zelaya informou que voltará a Honduras acompanhado pelo presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto, pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e pelos presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Argentina, Cristina Kirchner.

“Tenho que responder a meu povo e devo regressar a meu país”, disse Zelaya a jornalistas, assegurando que pretende instalar um processo de participação permanente da sociedade no governo, para que o povo hondurenho possa decidir seu próprio destino.

“O país está paralisado desde domingo passado, todos os aeroportos estão fechados, as fronteiras estão fechadas, a Europa retirou hoje seus embaixadores e todos os países americanos retiraram ontem. Os bancos congelaram todas as contas. Esse golpe de Estado é rechaçado de forma contundente por todos os países e instituições”, afirmou.

Zelaya foi detido por militares e expulso do país no último domingo, horas antes de um plebiscito sobre a possibilidade de incluir, nas eleições gerais de 29 de novembro, consulta sobre a instalação de uma Assembleia Constituinte para reformar a Constituição do país – uma das novidades seria a inclusão da possibilidade de reeleição. A consulta pública foi considerada inconstitucional pelo Parlamento e pela Suprema Corte de Honduras e as Forças Armadas se recusaram a dar apoio logístico ao plebiscito. O presidente acabou sendo deposto e, em seu lugar, assumiu o chefe do Legislativo, Roberto Micheletti.



Edição: Lílian Beraldo  


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