27 de Janeiro de 2010 - 18h39 - Última modificação em 27 de Janeiro de 2010 - 18h39
Oposição adia escolha do novo presidente da Câmara do DF e irrita governistas
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A base governista ficou irritada com a decisão do presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício (PT), de encerrar a sessão extraordinária de hoje (27) e adiar a eleição do novo presidente da Casa para a próxima terça-feira (2).
Após o fim da sessão, os deputados governistas se reuniram na tentativa de encontrar uma brecha para reabrir a sessão. A intenção é a de escolher logo o novo presidente que substituirá Leonardo Prudente (sem partido), porque o governo tem ampla maioria na Câmara.
O deputado distrital Raimundo Ribeiro (PSDB) da base governista disse que o fim da sessão e o adiamento da escolha do novo presidente foi uma decisão “equivocada” e “no mínimo estapafúrdia” do petista. Ele acusou Patrício de atrasar os trabalhos da Casa. “Foi uma decisão unilateral. Ele não consultou a Mesa Diretora”, disse Ribeiro.
Patrício encerrou a sessão depois de ler denúncia, publicada em um blog jornalístico, de que o governador José Roberto Arruda (sem partido) estaria pagando R$ 4 milhões para cada deputado que absolvê-lo no processo de impeachment. A notícia provocou discussão entre os distritais governistas e da oposição.
Após encerrar a sessão, Patrício alegou que a Câmara estava, mais uma vez, sob suspeita e a eleição do novo presidente adiada, além de alegar que nem todos os deputados estavam presentes. No momento em que terminou a sessão, o distrital afirmou que a decisão era de “foro íntimo”. De acordo com a Câmara, dos 24 deputados distritais, 22 estavam presentes à sessão.
O deputado Chico Leite (PT) disse que foi surpreendido com a denúncia e a suspensão da eleição. Ele defendeu investigação da denúncia. “É mais uma prova de que Arruda deve renunciar para os trabalhos transcorrerem sem interferência”, afirmou o petista.
Flagrado colocando dinheiro do suposto esquema de corrupção no governo local nas meias, Prudente renunciou na última segunda-feira (25). Ele já estava afastado do posto por determinação da Justiça do Distrito Federal.
Alguns dos oito suplentes convocados também estavam em plenário. Eles foram chamados hoje (27) pela Mesa Diretora da Casa para participarem da análise dos processos de impeachment contra Arruda no lugar dos oito distritais afastados pela Justiça por serem suspeitos de participarem do esquema de corrupção.
Edição: Rivadavia Severo
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