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domingo, 31 de janeiro de 2010

Agência Brasil - Para Amorim, papel do Brasil é ajudar no diálogo entre Irã e comunidade internacional - Direito Público

 
30 de Janeiro de 2010 - 16h16 - Última modificação em 30 de Janeiro de 2010 - 16h26


Para Amorim, papel do Brasil é ajudar no diálogo entre Irã e comunidade internacional

Renata Giraldi e Gislene Nogueira
Repórteres da EBC

 
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Brasília e Davos - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (30), em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que não se preocupa com eventuais críticas por ter se reunido com o ministro de Relações Exteriores iraniano, Manoucher Mottaki, para conversar sobre temas nucleares. Segundo ele, o papel do Brasil é colaborar para “encontrar uma solução” para o diálogo entre o Irã e a comunidade internacional.

O encontro entre os dois chanceleres ocorreu no último dia 28. O governo iraniano é suspeito de produzir urânio enriquecido para fins nucleares. Oficialmente, os iranianos negam as acusações e afirmam que são denúncias infundadas.

“Não me preocupo com repercussão [negativa sobre o encontro com Mottaki]. Evidentemente, até pela própria natureza dos encontros [bilaterais entre chanceleres], há temas delicados”, afirmou Amorim, que está em Davos (Suíça) onde participou hoje de uma reunião informal de ministros dos países que integram a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em seguida, o chanceler acrescentou: “[Nós trocamos ideias] com o espírito sempre de ajudar a encontrar uma solução. Isso não dependerá de nós, creio, encontrar uma solução, mas acho que podemos ajudar no diálogo.”

Amorim não detalhou o conteúdo da conversa com Mottaki, mas disse que mantém diálogos semelhantes sobre temas nucleares com representantes da China e Rússia. “Na parte nuclear, nós trocamos ideias como eu tenho trocado também com outras pessoas, como [representantes da] Rússia e China que estão envolvidos nessa discussão”, disse.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nega as acusações de produção de urânio para fins não pacíficos e destaca que a construção de uma usina – destinada à produção de urânio - no seu país segue as normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Segundo ele, não há nada sendo mantido em segredo.

Ao receber Ahmadinejad no Brasil, em novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Irã poderia desenvolver pesquisas no seu programa nuclear com fins pacíficos e seguindo os acordos internacionais. “O que nós temos defendido há muito tempo é que o Irã possa produzir urânio para desenvolvimento de energia”, disse Lula.

Segundo o presidente brasileiro, as discussões sobre o desarmamento nuclear devem ser conduzidas ao mesmo tempo em que ocorrem debates sobre não proliferação de armas. Para Lula, é fundamental que Ahmadinejad busque apoio da comunidade internacional a fim de encontrar uma solução para o que chama de “questão nuclear iraniana”.

Edição: Juliana Andrade  



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