27 de Janeiro de 2009 - 16h52 - Última modificação em 27 de Janeiro de 2009 - 17h10
Ministérios da Defesa e da Educação discutem convênio para reformar Colégio Naval
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Porta de entrada para jovens interessados na carreira militar, o Colégio Naval da Marinha precisa de reformas que estão preocupando até mesmo o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ontem (26), Jobim esteve com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a quem propôs a assinatura de um convênio para recuperar o edifício, localizado em Angra dos Reis, cidade do litoral fluminense, a 157 quilômetros do Rio de Janeiro.
Criado em 1877, com a missão de incentivar e preparar alunos para ingressar na Escola Naval, onde se formam os oficiais da Marinha, o estabelecimento de ensino, cujo atual prédio foi inaugurado em 1914, seleciona seus alunos por meio de concurso público. Além de oferecer instrução militar-naval especializada, o curso de preparação de aspirantes, realizado em três anos, em regime de internato, corresponde ao ensino médio. Durante o curso, os jovens recebem pouco menos de um salário mínimo para freqüentar as aulas.
Em 2007, o colégio obteve a 10ª posição entre 21 mil escolas públicas e privadas avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país, sendo vista como a melhor escola pública do Rio de Janeiro. Embora o estabelecimento seja considerado uma unidade de excelência, seu quase centenário edifício nunca passou por uma grande reforma.
De acordo com o Departamento de Relações Públicas do Colégio Naval, o local sofre com goteiras e com instalações elétricas danificadas pelo tempo e as paredes precisam de pintura. Além disso, seria importante ampliar o número de salas de aula e de alojamentos para que mais jovens possam ser selecionados para o curso. Atualmente, 644 alunos frequentam o estabelecimento. Duzentos e quarenta deles começaram o curso no último domingo (25).
O ministro da Defesa, que visitou o local no ano passado, concorda que o prédio requer uma série de melhorias. E, segundo a assessoria do Ministério da Educação (MEC), após receber de Jobim um estudo preliminar sobre as condições de infra-estrutura do estabelecimento, Haddad pediu cópia das plantas arquitetônicas do edifício e convocou uma equipe de engenheiros para estudar o problema.
Durante o encontro de ontem, Jobim e Haddad também conversaram sobre possíveis mudanças no ensino militar. “Quero discutir [com Haddad] assuntos como a colaboração do MEC na reformulação do ensino nas Forças Armadas”, disse Jobim, sem informar, contudo, que mudanças seriam essas.
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