8 de Janeiro de 2010 - 17h26 - Última modificação em 8 de Janeiro de 2010 - 17h30
Embaixada boliviana elogia anistia promovida pelo governo brasileiro
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
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Brasília - O cônsul da embaixada boliviana no Brasil, Álvaro Araoz, elogiou hoje (8) a anistia que o governo brasileiro deu aos estrangeiros que viviam irregularmente no país. Segundo ele, foi uma atitude humanitária que deveria ser seguida por outros países, principalmente os europeus.
“Infelizmente havia muitos bolivianos vivendo dificuldades no Brasil, sem condições para trabalhar em um mercado legalizado. Muitos deles sem atenção médica e sem condições de matricular suas crianças em escolas públicas. Por meio da lei de anistia, vantagens sociais atenderão muitos deles. É mais um gesto humanitário do presidente Lula, que notoriamente se caracteriza por este tipo de atitude”, disse o cônsul à Agência Brasil.
Para ele, a anistia faz parte de uma política brasileira para fortalecer as relações entre os dois países e de criar um clima de integração continental. O exemplo deveria ser seguido pelos países europeus. “É uma atitude humanitária que deveria ser adotada por outros países, principalmente pelos europeus, que costumam fechar as portas aos estrangeiros, e que adotam inclusive políticas para que eles retornem a seus países de origem”, avaliou Araoz.
O representante boliviano, no entanto, chamou a atenção para o tratamento truculento que seus compatriotas costumam receber de policiais brasileiros. “Muitos de nossos cidadãos reclamam da forma rígida como são tratados por policiais aqui no Brasil, deixando clara a necessidade de se fazer um trabalho de sensibilização das autoridades policiais para com os estrangeiros”.
Apesar de não ter uma estatística sobre o número de bolivianos que vivem irregularmente no Brasil, mesmo após o processo de anistia, Araoz acredita que “praticamente todos os bolivianos residentes no Brasil tenham sido regularizados”. Segundo ele, com as facilidades apresentadas pelo governo brasileiro, “só motivos muito particulares justificariam a não regularização de algum boliviano”.
Dos 43 mil estrangeiros que regularizaram a situação no Brasil, cerca de 17 mil eram bolivianos. Destes, 16,3 mil viviam no estado de São Paulo.
Edição: Rivadavia Severo![]()
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