Anúncios


sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Agência Brasil - Orgânicos - Assistência técnica e pesquisa são desafios para expansão do setor - Direito Público

 
28 de Dezembro de 2009 - 08h15 - Última modificação em 28 de Dezembro de 2009 - 08h15


Orgânicos - Assistência técnica e pesquisa são desafios para expansão do setor

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

 
envie por e-mail
imprimir
comente/comunique erros
download gratuito
Valter Campanato/ABr
Brasília - Joe Valle, dono da Fazenda Malunga, mostra a estudantes a metodologia que usa no plantio e beneficiamento de produtos orgânicosBrasília - Joe Valle, dono da Fazenda Malunga, mostra a estudantes a metodologia que usa no plantio e beneficiamento de produtos orgânicos
Brasília - A procura por alimentos orgânicos vem crescendo mais rápido do que a oferta no Brasil. Apenas 1,8% dos agricultores adota esse modelo de produção no país, segundo o Censo Agropecuário 2006, divulgado em setembro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existem no Brasil 5,2 milhões de propriedades rurais.

A dificuldade na compra de orgânicos é sentida pelos próprios consumidores, que têm que chegar bem cedo às feiras e supermercados para conseguir esse tipo de produto com qualidade e sem ter que enfrentar filas.

Os produtores, por sua vez, alegam que a falta de assistência técnica é a principal barreira para superar a escassez da oferta de orgânicos no mercado.

A falta de investimentos do governo no apoio técnico aos produtores, principalmente por meio das empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural, ocasionaram o surgimento de um modelo diferente de orientação oferecido pelas empresas privadas de fertilizantes e defensivos agrícolas. E, por não usarem substâncias químicas na lavoura, os agricultores orgânicos acabam excluídos desse modelo.

“O desenvolvimento da agricultura orgânica passa, necessariamente, por uma assistência técnica pública”, afirmou à Agência Brasil o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. No governo, ele atua como uma espécie de coordenador de ações de estímulo à produção de orgânicos. “Se ela [agricultura orgânica] é interessante, precisa de políticas públicas, e não apenas de produtores investindo sozinhos em seu desenvolvimento”.

O diretor de Política Agrícola e Informação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, também destaca a importância do assessoramento técnico para o desenvolvimento do setor. Para ele, o atendimento aos produtores ainda é insuficiente.

“São poucos os técnicos que têm formação nessa área. Temos uma enorme limitação de assessoramento e falta uma política que, efetivamente, induza o desenvolvimento da agroecologia.”

O financiamento de núcleos de agroecologia em instituições federais de ensino, programado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, poderá contribuir para a redução do problema, com a formação de profissionais especializados e a difusão de pesquisas sobre o tema. Essa é a expectativa da coordenadora da secretaria, Caetana Resende.

“Queremos casar as duas coisas: formação de recursos humanos para dar assistência a essa produção, e levar aos produtores o que já existe [em termos de informação], para que eles possam escolher que tipo de produção vão ter dentro de sua propriedade”, explicou.

De acordo com o Censo Agropecuário, o agricultor que se dedica a essa prática, na maior parte dos casos, é proprietário das terras que cultiva (77,3%). Ainda conforme o censo, 41,6% têm o ensino fundamental incompleto e dois em cada dez não sabem ler nem escrever.

O secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, Joe Valle, que trabalha com orgânicos há mais de 20 anos, aponta outra barreira: o despreparo de funcionários de instituições financeiras que operam com linhas de crédito para o setor rural. “Já temos, em vários lugares, linhas de crédito específicas para orgânicos, mas falta conhecimento dos funcionários dos bancos.”


Edição: Lana Cristina e Nádia Franco  


Agência Brasil - Orgânicos - Assistência técnica e pesquisa são desafios para expansão do setor - Direito Público

 



 

 

 

 

Um comentário:

  1. A Categoria dos FFA’s precisa ter mais VISÃO & AGUAPÉ


    A falta de Conhecimentos Técnicos é apontado como o FATOR CRÍTICO na Produção & Comercialização de Produtos ORGÂNICOS - NÃO estamos atendendo a DEMANDA do Mercado Brasileiro e, também, estamos perdendo tempo & oportunidade quanto ao Mercado Internacional, onde o Brasil tem Grande Possibilidade de se tornar Líder Mundial da Produção dos ORGÂNICOS.

    Toda a Categoria dos Fiscais Federais Agropecuários podem / devem ter Mais INICIATIVAS & VISÃO para encontrar / reunir os Técnicos / Profissionais das diversas Instituições Públicas / Privadas que conhecem / atuam com os Produtos ORGÂNICOS, visando estabelecer as SOLUÇÕES necessárias – com a SOMA de ESFORÇOS (UNIÃO) dos Cidadãos Brasileiros podemos, muito mais rapidamente, encontrar as Melhores SOLUÇÕES para os nossos Produtores Rurais que almejam SUCESSO na Produção & Comercialização dos Produtos ORGÂNICOS.

    Em muitas oportunidades a Equipe BR do AGUAPÉ tem apontado que o AGUAPÉ é a Melhor Alternativa de BIOMASSA, de FATO, SUSTENTÁVEL, para produção do Bio-Fertilizante ou Fertilizante ORGÂNICO – Insumo Básico para se Implementar a Produção dos ORGÂNICOS.


    NOTA: toda IDÉIA NOVA e / ou ANTIGA que possam contribuir com Equipe Brasileira do AGUAPÉ (ÉTICA) serão BEM VINDAS – não tenha receio, pois é “ERRANDO” que poderá aprender a acertar & contribuir com essa & outras importantes LUTAS.

    PÁGINAS INTERESSANTES: |Mundo Estranho| |Viver SUSTENTÁVEL| |Nosso Futuro Comum| |Sabedoria incomum| | | | |

    Um Abraço Fraterno a VOCÊ & Membro / Colaborador (ou pretendente),

    MISSAO TANIZAKI
    Fiscal Federal Agropecuário
    Bacharel em Química
    missao.tanizaki@agricultura.gov.br (Com Problemas)
    missao.tanizaki@gmail.com (NOVO)
    Equipe BR do AGUAPÉ
    TUDO POR UM BRASIL & MUNDO MELHOR

    ResponderExcluir