30 de Março de 2009 - 06h45 - Última modificação em 30 de Março de 2009 - 06h45
CGU não mudará rotina em 2009 por ser ano pré-eleitoral, afirma controlador
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O controlador-geral da União, ministro Jorge Hage, disse que não há indícios de que o governo usa a máquina pública para fazer campanha eleitoral antecipada, por conta das eleições de 2010. Ele acrescentou que a CGU não vai intensificar a fiscalização em 2009 por se tratar de ano pré-eleitoral.
Para Hage, o governo tem tomado todos os cuidados necessários. A oposição acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de usarem o encontro nacional com novos prefeitos, realizado em fevereiro, com fim eleitoreiro, para alavancar uma possível candidatura de Dilma às eleições presidenciais de 2010.
O DEM e o PSDB entraram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que questionavam a participação de Lula e Dilma no evento. No último dia 20, os ministros da Corte decidiram não responder consulta feita pelo DEM sobre suposta propaganda eleitoral antecipada feita pelo presidente e a ministra.
“A oposição está no papel dela de procurar chifre em cabeça de cavalo”, disse Hage, em entrevista à Agência Brasil. Ele informou que a controladoria não mudará a rotina neste ano por conta do clima eleitoral. “Para nós, não faz muita diferença, porque as coisas mais relacionadas ao processo eleitoral, no caso as emendas parlamentares, procuramos fiscalizá-las sempre, independentemente de ano eleitoral ou não. “Não tenho um ano de sossego aqui”, brincou.
Segundo o controlador, 15 parlamentares, entre deputados federais e senadores, pediram que a CGU fiscalize a execução de emendas relacionadas a eles. As solicitações começaram em 2006 depois da Operação Sanguessuga, da Polícia Federal, que descobriu o envolvimento de parlamentares em esquema de compra superfaturada de ambulâncias em municípios.
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