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terça-feira, 31 de março de 2009

Agência Brasil - Economistas avaliam que pacote tributário vai aquecer a demanda interna e gerar emprego - Direito Tributário

 
30 de Março de 2009 - 19h46 - Última modificação em 30 de Março de 2009 - 19h46


Economistas avaliam que pacote tributário vai aquecer a demanda interna e gerar emprego

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - O economista Rogério Sobreira, da Fundação Getulio Vargas (FGV), disse hoje (30) que as medidas anunciadas pelo governo na área tributária têm o objetivo, na sua opinião, de manter a demanda interna aquecida.

“As pessoas estão recalcitrantes ante a situação econômica e se você não der algum tipo de incentivo, elas não vão continuar comprando como compravam no passado”, avaliou.

Sobreira acredita que essa análise levou o governo a concluir que era necessário manter os incentivos fiscais que deu no início do ano e que mostraram resultados positivos. “Isso mostra também que o quadro não está resolvido. Quando o governo estende o incentivo, está sinalizando que a situação não está ainda normalizada e ele está adotando políticas compensatórias para que a economia não sofra substancialmente os efeitos da crise externa”, observou.

O economista se refere à prorrogação, por mais três meses, da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de automóveis e da alíquota zero do IPI para os principais itens de materiais de construção. O governo também manteve a isenção da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para motos e aumentou a tributação incidente sobre cigarros.

Para o economista Gabriel Santini, da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ), a medida governamental é positiva, principalmente, para o setor da construção civil.

Santini lembrou que o crescimento da construção civil impacta diretamente no aumento da renda para as camadas mais pobres, com reflexos favoráveis à geração de emprego.

“Esse é um mecanismo de transmissão muito importante e eficiente porque o aumento do emprego na construção civil gera mais emprego também no comércio, através do consumo. São duas pontas que interagem. Se há desoneração do imposto, tem diminuição de preço de materiais, aumenta o volume de vendas na indústria e, conseqüentemente, tem aumento de vendas no comércio”, analisou.

Santini afirmou que as medidas do governo são bem-vindas, inclusive a criação de novas alíquotas do Imposto de Renda - iniciativa adotada no final do ano passado. Ele, no entanto, defendeu que o governo deve aproveitar a situação de crise mundial para tomar outras medidas que liberem a renda para estimular o consumo por parte do trabalhador.




 


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