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terça-feira, 31 de março de 2009

Agência Brasil - Representantes de 70 países discutem envolvimento de homens na eqüidade de gênero - Direito Público

 
31 de Março de 2009 - 06h05 - Última modificação em 31 de Março de 2009 - 06h05


Representantes de 70 países discutem envolvimento de homens na eqüidade de gênero

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Cerca de 450 representantes de governos, universidades e sociedade civil de mais de 70 países se reúnem nesta semana, no Rio de Janeiro, para discutir como envolver homens na promoção da eqüidade de gênero. O Simpósio Global Engajando Homens e Meninos pela Eqüidade de Gênero, realizado por organizações não-governamentais de diversos países e pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), foi aberto nessa segunda-feira (30) com a presença de diretores de quatro agências das Nações Unidas e da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire.

Até sexta-feira (3) gestores, ativistas sociais e pesquisadores vão participar, no Hotel Intercontinental, de debates e grupos de trabalho, com o objetivo de desenvolver propostas de políticas públicas que serão reunidas em um documento e entregues a governos de diversos países.

"Esse documento vai ser um instrumento muito importante, porque ele tem uma representatividade, em termos de número de países aqui representados, e a idéia é que isso possa contribuir, de alguma maneira, para a formulação de políticas públicas", disse um dos coordenadores do encontro, Marcos Nascimento, da organização não-governamental Promundo.

Segundo a coordenação do evento, a idéia de discutir o envolvimento dos homens na promoção da eqüidade de gênero é tentar acabar com estereótipos de masculinidade, que contribuem para a violência contra as mulheres, e promover discussões sobre paternidade, saúde e violência.

"A desigualdade faz muito mal ao desenvolvimento dos povos. Se queremos um desenvolvimento realmente sustentável, temos que trabalhar, temos que lutar cotidianamente pela igualdade. É uma preocupação hoje de estados, governos e sociedade, mas que tem que ser traduzida em compromissos e em ações", disse a ministra Nilcéa Freire.

Para a diretora executiva do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Ines Alberdi, a luta para erradicar a violência de gênero tem sido liderada, em grande parte, por mulheres, enquanto os homens têm sido excluídos do processo. Hoje, segundo ela, não se pode mais trabalhar apenas dessa forma.

"Cremos que não é possível abordar a violência contra as mulheres sem ter os homens como partícipes [do processo de discussão]. A violência contra as mulheres é e deve ser hoje uma preocupação de todos e de todas, dos homens e das mulheres, dos meninos e das meninas", disse.

Segundo a diretora executiva adjunta do Fundo de População das Nações Unidas, Purnima Mane, o desafio do simpósio é fazer com que as propostas convençam homens e meninos a contribuir com a eqüidade de gênero.

"A gente sabe que homens e meninos podem ser uma força para atingir a igualdade de gênero de muitas formas: eliminando a violência de gênero, proporcionando acesso universal à saúde reprodutiva e sexual e à prevenção ao HIV e aids, redefinindo a masculinidade, praticando uma paternidade responsável e agindo como exemplo para as gerações mais jovens. Mas como fazemos com que outras pessoas acreditem que isso é possível?"



 


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