25 de Junho de 2009 - 11h54 - Última modificação em 25 de Junho de 2009 - 11h56
P-SOL vai decidir se entra com representação contra Sarney no Conselho de Ética
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A direção do P-SOL está reunida no gabinete da deputada Luciana Genro (RS) para decidir se o partido apresentará representação no Senado para que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), seja investigado pelo Conselho de Ética. Nota distribuída pela legenda informa que a presidente nacional do P-SOL, Heloísa Helena (AL), deve entrar com a representação ainda hoje (25).
Desde Sarney que tomou posse na presidência do Senado, em 2 de fevereiro, uma série de denúncias de irregularidades administrativas foram publicadas pela imprensa. A existência de atos secretos de nomeação e exoneração de servidores, por exemplo, envolve nomes de parentes do presidente.
Matéria publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo traz entrevista em que neto do senador, José Adriano Cordeiro Sarney, reconhece ser sócio da empresa Sarcris, uma das que operam na intermediação com bancos para concessão de empréstimos consignados a servidores.
Para o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP), não cabe a administração do Senado ter empresas que fazem a intermediação de empréstimos consignados para servidores. “Isso é um absurdo, se tem intermediário alguma coisa não é correta”, afirmou.
Já o vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), considera que o assunto deve ser tratado com prudência. Ele ressaltou que o Ministério Público e a Polícia Federal já investigam as irregularidades nos contratos do Senado com os bancos que atuam com esse tipo de empréstimo para servidores.
“Primeiro temos que esclarecer os fatos. Temos que ter cuidado em preservar a imagem do Senado. Ontem mesmo apareceu uma denúncia, de forma espetaculosa, que no fim do dia foi esclarecida pelo Prodasen”, afirmou o senador ao se referir à existência de contas bancárias da instituição na Caixa Econômica Federal.
Edição: Juliana Andrade
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