26 de Março de 2009 - 19h24 - Última modificação em 26 de Março de 2009 - 19h24
Lobão pede que órgãos citados em operação da Polícia Federal se defendam
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (26) que pediu aos órgãos ligados ao ministério que tiveram o nome citado na Operação Castelo de Areia, deflagrada ontem (25) pela Polícia Federal, se manifestem e se defendam.
“Eu pedi que os órgãos ligados ao ministério se manifestem e se defendam, não posso ir além, não conheço a intimidade dos detalhes. Os órgãos do governo deverão se manifestar explicando ao ministro o que ocorreu e se [não] ocorreu alguma coisa”, disse Lobão ao sair de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A operação resultou na prisão de quatro diretores e duas secretárias da empreiteira Camargo Corrêa, acusados de superfaturamento de obras públicas e remessa ilegal de recursos para o exterior. Entre as obras superfaturadas estaria a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, também conhecida como Refinaria do Nordeste, da Petrobras.
Lobão não quis comentar o suposto envolvimento de partidos citados na investigação, nem mesmo o do PMDB, do qual pertence. “Em relação aos partidos, nada a declarar. Pelo meu partido, fala o presidente e os líderes”, disse.
As investigações da Polícia Federal revelam que a construtora teria feito doações ilegais para sete partidos políticos nas eleições municipais de 2008. Os partidos que teriam recebido o dinheiro são PPS, PSB, PDT, DEM, PP, PSDB e PS. O DEM afirmou que pedirá à Justiça de São Paulo todos os documentos referentes à operação. E se a solicitação não for atendida, poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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