25 de Março de 2009 - 17h58 - Última modificação em 25 de Março de 2009 - 17h58
Presidente da CPI dos grampos repudia insinuações de possível prisão de Protógenes
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), repudiou hoje (25) as insinuações de que a comissão estaria se preparando para prender o delegado Protógenes Queiroz, que vai depor na CPI no dia 1° de abril (quarta-feira da próxima semana).
“As insinuações de que esta CPI estaria pronta para realizar a prisão do delegado Protógenes são mentirosas. Essa CPI não cogitou dessa posição”, garantiu o presidente do colegiado.
Marcelo Itagiba rebateu as insinuações de que a CPI esteja trabalhando contra as pessoas que combatem a corrupção. Segundo ele, a comissão investiga interceptações ilegais de telefones e “a comissão não está perseguindo quem está combatendo a corrupção. Os pedidos de indiciamento dos delegados Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz, assim como de Milton Campana, se devem ao fato de eles terem faltado com a verdade a essa CPI”, disse o deputado.
De acordo com Itagiba, nota publica pelo jornal O Globo, na semana passada, dizia que o delegado Protógenes estaria com medo de ser preso pela CPI. O presidente da CPI disse que hoje o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) o procurou com a mesma preocupação constante da nota do jornal. “Não aceito factóide, mentira de quem quer que seja, assim como não aceito pressão de qualquer senador”, disse o presidente da CPI.
Itagiba informou que a CPI não tem intenção de prender ninguém, mas de investigar os fatos e apurar a verdade e que quem for considerado culpado deverá ser indiciado para que a Justiça decida as punições nos julgamentos. “Queremos que os corruptos sejam presos de forma legal”, disse.
Todos os parlamentares da CPI apoiaram o posicionamento do presidente. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou que “não existe qualquer tipo de interesse em eventuais insinuações de prisão de quem quer que seja”.
O relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), afirmou que as insinuações de que a comissão estaria representando alguma ameaça ao delegado Protógenes não fazem nenhum sentido. “O delegado Protógenes será tratado no dia 1° [quando prestará depoimento] nesta CPI com o mesmo respeito com que foi tratado quando prestou anteriormente depoimento à comissão”.
Pellegrino também criticou a atitude do juiz Fausto De Sanctis de se negar a compartilhar com a CPI dados do processo da Operação Satiagraha. “A negativa do juiz de compartilhar os dados vai prejudicar o nosso relatório. Não vejo justificativa na negação do envio dos documentos à comissão. A atitude do juiz é equivocada e prejudicará os trabalhos da CPI”, disse o relator.
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