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sábado, 30 de maio de 2009

Agência Brasil - Bombeiros confirmam primeira vítima após rompimento de barragem no Piauí - Direito Público

 
28 de Maio de 2009 - 16h31 - Última modificação em 29 de Maio de 2009 - 08h37


Bombeiros confirmam primeira vítima após rompimento de barragem no Piauí

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

 
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Brasília - O Corpo de Bombeiros do Piauí confirmou hoje (28) a primeira morte em decorrência do rompimento da Barragem Algodões 1, na cidade de Cocal. A vítima foi uma menina de 12 anos, Francisca Maria Pereira, que morava às margens do Rio Pirangi e foi atingida pelas águas.

O rompimento da barragem ocorreu ontem (27), às 16h, provocado pelas chuvas na cabeceira do rio, situada no Ceará. Informações extraoficiais apontam o desaparecimento de mais três pessoas.

A área havia sido isolada há cerca de 15 dias, quando o governo do estado retirou todas as famílias ribeirinhas por considerar que havia risco de rompimento. As famílias retornaram a suas residências há uma semana, após o engenheiro Luis Hernane, da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerp), ter emitido um parecer ao governador, informando-o de que a estrutura da represa não apresentava risco de rompimento.

Segundo a assessoria do governador, a Emgerp é a empresa responsável pela recuperação da represa. Nota divulgada pelo governo do estado informou que a lâmina d'água do sangradouro da barragem, que havia diminuído bastante, permitindo o início de obras de reforço na parede externa, subiu de repente, chegando a mais de 20 centímetros de altura, por causa das águas que chegavam do Ceará. Isso acabou provocando um rasgo de cerca de 50 metros na parede da represa, ocasionando o rompimento.

Com estrutura de 380 metros quadrados, a barragem, situada a 20 quilômetros de Cocal, tinha capacidade para armazenar 52 milhões de metros cúbicos de água. Outro município fortemente atingido pelas águas da barragem foi Buriti dos Lopes, mas os danos maiores foram evitados porque houve tempo hábil para retirar as famílias das áreas de risco.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o rompimento pode ter atingido de 800 a 2 mil famílias moradoras da área rural próxima à barragem. A Secretaria Estadual de Defesa Civil trabalha com uma estimativa menor. Cerca de 500 famílias – ou 2,5 mil pessoas –  teriam sido atingidas.

Edição: Nádia Franco  



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