29 de Maio de 2009 - 21h55 - Última modificação em 29 de Maio de 2009 - 21h55
Demarco nega ligações para Protógenes e diz que Dantas tenta tumultuar processos da Satiagraha
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Por meio de nota à imprensa, o empresário Luís Roberto Demarco Almeida negou hoje (29) ter trocado telefonemas com o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações iniciais da Operação Satiagraha.
Segundo ele, seus advogados analisaram os documentos da Justiça Federal e não encontraram “nenhum registro de ligação entre o delegado Protógenes Queiroz e a Nexxy Capital Brasil”, empresa da qual é proprietário.
Em sua decisão de segunda-feira (25), o juiz Ali Mazloum, que atuou no processo de investigações sobre o vazamento de informações da Operação Satiagraha, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Protógenes Queiroz pelos crimes de violação de sigilo e fraude processual.
O juiz também questionou a suposta troca de ligações entre o delegado da PF e as empresas Nexxy Capital Brasil e P.H.A Comunicação e Serviços, que pertenceriam a Demarco, ex-sócio do banco Opportunity e adversário do banqueiro Daniel Dantas, e o jornalista Paulo Henrique Amorim. O juiz determinou a instauração de inquérito policial específico para apurar a troca de ligações.
“Esse inusitado fato deverá ser exaustivamente investigado, com rigor e celeridade, para apurar eventual relação de ligações com a investigação policial em questão, vez que inadmissível e impensável que grupos econômicos, de um lado ou de outro, possam permear atividades do Estado”, diz o juiz no documento da denúncia contra o delegado Protógenes Queiroz.
Demarco diz que seus advogados despacharam uma petição ao juiz Ali Mazloum ressaltando a inexistência das ligações telefônicas e requisitando providências sobre o assunto. “Acreditamos que a tentativa de induzir o meritíssimo juiz a erro faz parte de uma estratégia do banqueiro Daniel Dantas visando tumultuar outros processos nos quais é réu”, diz o empresário, em nota.
Edição: Aécio Amado
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