Rompimento de barragem deixa 300 famílias desabrigadas em município do Piauí
Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aproximadamente 300 famílias de Cocal, no Piauí, que perderam suas casas por causa do rompimento da Barragem Algodões I, há dois dias, já estão em abrigos no município. A informação foi dada à Agência Brasil pelo prefeito Fernando Sales (DEM). Segundo ele, o número de desabrigados, entretanto, pode dobrar nos próximos dias, uma vez que cerca de 700 famílias viviam em 18 comunidades ao longo do Rio Pirangi. As equipes do Corpo de Bombeiros continuam os trabalhos de busca e resgate na zona rural do município. Quatro pessoas morreram e quatro permanecem desaparecidas.
“Aqueles que já conseguimos resgatar foram trazidos para colégios e clubes cedidos como abrigos. Alimentos e medicamentos foram providenciados para as comunidades mais distantes e estamos esperando chegar dois helicópteros maiores da FAB [Força Aérea Brasileira] para transportar mais pessoas para a sede do município”, afirmou Sales.
Alimentos doados em Teresina já chegaram a Cocal na noite de ontem (28). A cidade de aproximadamente 25 mil habitantes está há quase 40 horas sem energia elétrica. Apenas os prédios públicos e postos do sistema de abastecimento de água funcionam com geradores. Segundo o prefeito, mais três geradores devem chegar hoje (29) à cidade numa tentativa de restabelecer o fornecimento.Para Sales, a situação no município, que passa por uma tragédia sem precedentes em sua história, exige, a princípio, solidariedade e soma de esforços dos governos municipal, estadual e federal. Segundo ele, a penalização pelo episódio deve ser promovida com rigor, mas sem atropelos.
“Nossa primeira meta é resgatar as famílias e ver o que realmente foi a perda material das pessoas, que ficaram sem casas, móveis e plantações. Ainda não é hora de se fazer acusação a A ou B, mas tudo terá que ser apurado para se identificar as devidas responsabilidades”, defendeu Sales.
O levantamento preciso das perdas materiais será necessário para que as famílias sejam posteriormente indenizadas. A intenção da prefeitura e do governo do estado é construir casas em outras áreas para que as pessoas hoje desabrigadas não corram mais risco no futuro.
Edição: Juliana Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário