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sábado, 30 de maio de 2009

Agência Brasil - Lula inaugura as primeiras grandes obras do PAC no Rio - Direito Público

 
29 de Maio de 2009 - 05h51 - Última modificação em 29 de Maio de 2009 - 05h51


Lula inaugura as primeiras grandes obras do PAC no Rio

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (29) da inauguração das primeiras grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na cidade do Rio. A partir das 10h, ele estará no Complexo de Favelas de Manguinhos, onde serão entregues quatro novas instalações.

Vão ser abertos ao público o Centro Vocacional Tecnológico, que oferecerá vagas a 1.500 alunos, em 17 cursos profissionalizantes, um parque aquático com duas piscinas e ginásio esportivo, uma super Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com serviços de saúde 24 horas, e um Posto de Orientação Urbanística e Social (Pouso) para controlar a expansão e a construção de imóveis na comunidade.

Por volta do meio-dia, Lula almoça com o governador Sérgio Cabral, secretários e ministros no Palácio Laranjeiras. Em seguida, às 15h, o presidente inaugura mais um conjunto de obras, desta vez no Complexo do Alemão.

Ali vão ser entregues 56 apartamentos - com dois quartos e 58 metros quadrados - e aberto o Centro de Geração de Renda, destinado a facilitar a contratação dos trabalhadores por empresas interessadas, além de abrigar instalações para micro-crédito, incubadora de novos negócios e serviços de apoio.

Até 2010, será investido cerca de R$ 1 bilhão em obras do PAC nas comunidades do Alemão e de Manguinhos. O principal objetivo é levar serviços básicos e infra-estrutura, beneficiando diretamente 40 mil famílias e ajudando a diminuir os altos índices de violência nessas duas regiões.

Para o presidente da Associação dos Moradores da Favela Nova Brasília, Alcides de Almeida, conhecido na comunidade como Cidinho, as obras do Complexo do Alemão estão mudando até a auto-estima dos jovens, que ficaram estigmatizados pela imagem de violência que a região adquiriu nos últimos anos.

“Hoje você passa em qualquer rua do Complexo do Alemão e vê valas negras, colégios abandonados, sem creche, sem estrutura nenhuma. Então o jovem que desce para um baile na zona sul não gosta de trazer sua namorada, por vergonha. A partir do momento em que está sendo feito esse melhoramento, já mexe com a estrutura deles”, contou Cidinho.

Segundo ele, o abandono de anos acabou criando um círculo vicioso, ao permitir o crescimento da violência e o consequente fechamento de diversas fábricas que funcionavam no local, com milhares de trabalhadores, grande parte da própria comunidade.

“Só a fábrica da Coca-Cola empregava 3 mil funcionários. Daqui saíram várias firmas, e os pais desses jovens ficaram desempregados. E agora eles ganham novamente a oportunidade de ter a carteira assinada com as obras”, afirmou.

A chegada de obras, investimentos e vagas de trabalho, para o líder comunitário, é a solução para combater a violência no Complexo do Alemão, que por muitos anos ficou conhecido como “a fortaleza do tráfico” e foi palco de confrontos sangrentos entre polícia e criminosos, com um saldo de centenas de mortos.

“Se você traz a educação, o desenvolvimento, o emprego, os jovens não querem se envolver com coisas erradas. Eles querem construir coisas boas. Caveirão [veículo blindado da polícia] e brutalidade só atrapalham e espantam”, disse.



Edição: Graça Adjuto  


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