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sábado, 30 de maio de 2009

Agência Brasil - Secretários do PT afirmam que mensalão nunca existiu - Direito Constitucional

 
29 de Maio de 2009 - 20h39 - Última modificação em 29 de Maio de 2009 - 20h51


Secretários do PT afirmam que mensalão nunca existiu

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

 
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São Paulo - Os secretários do PT Paulo Frateschi e João Felício disseram hoje (29) que o suposto esquema de compra de votos de parlamentares para votarem favoravelmente em propostas do governo, conhecido como mensalão, nunca existiu. Para eles, o que ocorreu foram problemas no financiamento de campanha do partido.

Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma ação penal e tornou réus 40 pessoas por participação no suposto esquema de pagamento a deputados. Silvio Pereira, um dos réus, cumpriu pena alternativa e não responde mais ao processo.

“O que eu acho é o que o próprio Supremo já está sabendo: de que não houve o mensalão da forma como eles colocaram. Houve, sim, um problema de financiamento de campanha e foi constatado que teve. Foi arrecadado dinheiro e foi feito um pagamento de contas que não foram registradas e oficializadas. Mas a conversa inicial de que se pagavam deputados para votarem no governo Lula não tinha o mínimo sentido”, disse Paulo Frateschi, secretário de organização nacional do partido.

Segundo ele, o partido superou o problema sobre o financiamento da campanha e deu a resposta “na política”. “O PT corrigiu, está corrigindo e vai corrigir [essa falha]. Há erros que precisam ser mudados na própria legislação. É visível e todos sabem que todos os partidos cometem isso. Há um erro e se precisa mudar a legislação. Isso deixa uma mácula na vida democrática brasileira”, afirmou Frateschi.

“Essa história de mensalão é da criatividade humana”, disse João Felício, secretário sindical nacional do PT. Também para Felício, o que houve na época em que o caso mensalão surgiu foram problemas no financiamento de campanhas e uma disputa política.

“Acho que a crise que houve nos Correios [de corrupção, motivou] um famoso deputado na época e que, depois de acusado, passou a atacar. Disputa política é absolutamente natural. O que se não pode é acusar alguém sobre um fato que não existe”, disse Felício, referindo-se ao ex-deputado Roberto Jefferson, que fez as denúncias sobre o suposto esquema do mensalão.

Frateschi e Felício foram ouvidos na tarde de hoje pelo juiz Márcio Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, no processo do mensalão. Após os depoimentos, ambos disseram que foram perguntados sobre o caráter e o trabalho de José Genoíno e Delúbio Soares, réus do mensalão e que são acusados de corrupção ativa e formação de quadrilha. Genoíno era presidente nacional do PT e Delúbio Soares tesoureiro, quando surgiram as primeiras notícias sobre a existência da compra de votos de deputados pelo governo.

Na próxima segunda-feira (1º), a Justiça Federal continuará a ouvir as testemunhas de defesa no caso do mensalão. São previstos os depoimentos de Bernardo Appy, Maílson da Nóbrega, Dalton Pastore, Sílvio Pereira, Flávio Amaral, Arthur Fontes, José Manoel Caccia Gouvêa, Annuar Ali, Ranulfo Zanetti Sayao, Luiz Nelson de Carvalho, Vanderlei São Felício e Álvaro Gonçalves de Oliveira.



Edição: Antonio Arrais  


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