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sábado, 30 de maio de 2009

Agência Brasil - Quarta Unidade de Polícia Pacificadora do Rio será inaugurada em junho - Direito Público

 
29 de Maio de 2009 - 16h07 - Última modificação em 29 de Maio de 2009 - 19h27


Quarta Unidade de Polícia Pacificadora do Rio será inaugurada em junho

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos Morros do Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme, será inaugurada no dia 10 de junho. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que esteve hoje (29) na comunidade para acompanhar as obras. Será a quarta comunidade do Rio a ter uma Unidade de Policiamento Pacificadora. As favelas do Batan e Cidade de Deus, na zona oeste, e Morro Dona Marta, na zona sul, já contam com esse tipo de policiamento.

Segundo Beltrame, a nova unidade seguirá o exemplo do policiamento comunitário adotado no Morro Dona Marta, em Botafogo. Ele disse que pretende colocar uma mulher no comando, com perfil parecido com o da capitã Priscilla Oliveira de Azevedo, que tem recebido elogios da população do Dona Marta. Para o secretário, mais importante do que conhecer as futuras instalações da unidade, que contará com o policiamento de cerca de 100 homens, foi poder conversar com a comunidade.

“É fundamental conversar com a população local para saber como está recebendo o projeto. Por isso, estamos aqui, e o que vi foi que, embora faltem muitos serviços, já não falta mais segurança. Agora convoco meus outros colegas das outras secretarias para que venham com os demais serviços, pois há uma ambiência segura para as atividades públicas e privadas”, disse Beltrame.

A presidente da Associação dos Moradores do Chapéu Mangueira, Maria Helena Rodrigues, disse que a segurança melhorou para os cerca de 3 mil moradores, depois da chegada de 50 policiais militares, que ocupam a área desde o dia 16 de maio, mas alertou para a necessidade de políticas sociais para a comunidade.

“A gente quer que os projetos sociais cheguem realmente. Não aquele cursinho, que dura três meses e depois nossos jovens ficam sem trabalho e sem oportunidade. Já estamos cheios de promessas aqui no Chapéu Mangueira e [no Morro da] Babilônia. Queremos resultados”, disse a líder comunitária.

A equipe da Agência Brasil conversou com alguns moradores, que acusaram os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de truculência com quem sobe ou desce o morro depois das 22h. “Eles destratam as mulheres e são violentos com os rapazes que transitam na comunidade sem documentos. Se antes tínhamos medo dos traficantes, agora temos medo da polícia”, disse uma moradora, que não quis se identificar. Os moradores também se queixaram de que os policiais proíbem a entrada do serviço de gás na comunidade, obrigando-os a carregar os botijões até suas casas.

O projeto de Policiamento Comunitário no Rio prevê a presença permanente dos policiais comunitários e a implementação de programas sociais de educação, esporte, saúde e oferta de emprego para os moradores.



Edição: Antonio Arrais  


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