28 de Fevereiro de 2009 - 13h16 - Última modificação em 28 de Fevereiro de 2009 - 16h08
Associação admite possibilidade de armadilha em explosão que atingiu peritos em Manaus
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O artefato que explodiu ao ser manuseado por peritos da Polícia Federal (PF) em Manaus pode ter sido uma armadilha. A informação foi passada à Agência Brasil pelo presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Octavio Brandão Caldas Netto. Segundo ele, esta possibilidade somente poderá ser comprovada após a conclusão dos trabalhos periciais. A explosão matou um perito, deixou dois em estado grave, e outro com ferimentos leves.
“Pelo que fui informado, o cilindro que explodiu havia despertado suspeitas de funcionários dos Correios de Manaus. Eles o furaram e encontraram um pó. Realizaram então, como é de praxe, um teste preliminar para identificar cocaína, e o resultado foi positivo. Em seguida encaminharam o cilindro à Superintendência da PF no estado”, explicou o presidente da APCF.
A explosão ocorreu quando os peritos do Setor Técnico-Científico da PF de Manaus manuseavam o cilindro. “Foi uma explosão fortíssima, que matou o colega Antônio Carlos Oliveira, um perito com 14 anos de experiência na atividade. Pode ter sido uma armadilha, mas é ainda necessário apurarmos para esclarecer se o motivo da explosão foi uma bomba ou um gás inflamável”, disse Brandão.
Colega de turma de Oliveira durante o curso de formação para peritos, o diretor Técnico-Científico da PF, Paulo Roberto Fagundes, está a caminho de Manaus juntamente com peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e com o diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa. “Montamos uma equipe de sete peritos que analisarão o local, e só teremos informações embasadas a partir da próxima semana. Portanto é cedo para qualquer tipo de conclusão”, disse Fagundes momentos antes de embarcar para Manaus.
A APCF informou que o nome dos peritos internados em estado grave são Max Augusto Neves Nunes e Maurício Barreto da Silva Júnior. O perito Marcos Antônio Mota Ferreira estava em uma sala ao lado no momento da explosão e teria sofrido apenas ferimentos leves. Ele ainda está sob observação. “É um fato lamentável, decorrente do risco que sempre corremos ao exercer nossas atividades”, declarou Brandão.
A assessoria de imprensa do Departamento de Polícia Federal ainda não foi localizada para comentar o assunto.
Matéria alterada no penúltimo parágrafo para ajuste dos nomes dos peritos.
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