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segunda-feira, 2 de março de 2009

Agência Brasil - Brasil participa de consórcio global que irá mapear solos do planeta - Direito Internacional

 
2 de Março de 2009 - 18h45 - Última modificação em 2 de Março de 2009 - 19h37


Brasil participa de consórcio global que irá mapear solos do planeta

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Nos próximos cinco anos, pelo menos 80% dos solos dos cinco continentes deverão estar mapeados por um consórcio global.O objetivo é disponibilizar informações para que os países consigam superar os problemas enfrentados na área de solos.

A Embrapa Solos, vinculada à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vai liderar o trabalho na América do Sul e Caribe, ao lado do International Center of Tropical Agriculture (CIAT).

Segundo Maria de Lourdes Mendonça, pesquisadora da Embrapa Solos e membro do Comitê Executivo Internacional para Mapeamento Digital de Solos, o levantamento terá um alto grau de detalhamento, permitindo obter, a cada quilômetro de solo, informações voltadas às necessidades mais evidentes daquela região do globo num formato apropriado para a tomada de decisões.

“Em vez de eu dizer o nome do solo, qual é a quantidade de carbono que ele pode armazenar, qual é o risco de erosão, qual é a disponibilidade de água, eu já vou dar  informações que são mais apropriadas para a tomada de decisão, tanto em termos de agricultura, quanto de mudanças climáticas e monitoramento ambiental”, afirmou a pesquisadora.

De acordo com ela, serão utilizados bancos de dados disponíveis nos países, imagens de sensores, além de tecnologias modernas, para mapear o solo numa resolução mais detalhada, que será disponibilizada em um dado de bancos na internet.

O mapeamento identificará, por exemplo, a capacidade de retenção de água do solo, sua suscetibilidade ao processo de erosão, além da capacidade de armazenar carbono, entre outras informações.

Maria de Lourdes pesquisadora explicou que, enquanto na África o principal problema é a fertilidade para a produção de alimentos, na Europa, o desafio é a contaminação dos solos e das águas. Já no Brasil, o maior problema é degradação das terras que trazem o risco de erosão.

“Cada país, cada continente pode ter um problema diferenciado, que vai gerando os mapas”, disse.

Os pesquisadores pretendem apontar o que é possível fazer para enfrentar esses problemas, visando melhorar as políticas governamentais.

O consórcio global, constituído no dia 17 de fevereiro, em Nova Iorque, reúne pela primeira vez instituições de pesquisa e universidades dedicadas a estudos  de solo em torno de uma política global de informações sobre o assunto.

A primeira fase, a ser desenvolvida  nos próximos cinco anos, será dedicada à África e à organização de dados gerais e terá patrocínio da Fundação Bill e Melinda Gates.

Maria de Lourdes lembrou que o consórcio ainda busca novos financiadores para garantir os recursos necessários ao mapeamento de 100% dos solos do planteta.

Ela também destacou que o projeto está aberto a pessoas e instituições que queiram participar dos estudos. “Qualquer instituição que tenha informação sobre solos e queira participar é super bem-vinda”.

O último levantamento internacional sobre solos foi realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), nos anos 70 e 80. Mas, segundo a pesquisadora brasileira, além de estáticas, as informações não foram obtidas a partir de métodos quantitativos e estão muito dispersas.


 



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