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quarta-feira, 4 de março de 2009

Agência Brasil - Grupo de índios ameaça retomar protestos na Funai de Dourados - Direito Público

 
3 de Março de 2009 - 21h05 - Última modificação em 3 de Março de 2009 - 21h05


Grupo de índios ameaça retomar protestos na Funai de Dourados

Vinícius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

 
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São Paulo - O grupo de índios que invadiu, no final de janeiro, a sede regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Dourados, Mato Grosso do Sul, pode retomar os protestos ainda nesta semana. Insatisfeito com as decisões tomadas por líderes presentes à assembléia indígena realizada no último fim de semana em Amambai, no interior do estado, o grupo deve voltar a acampar em frente à sede da Funai, caso não ocorram mudanças na administração do escritório do órgão.

A informação foi dada hoje (3) pela índia guarani-kaiowá Dirce Veron, uma das manifestantes. Ela afirmou que o grupo, que representa a maioria dos índios da região sul de Mato Grosso do Sul, quer que a chefe da sede regional da Funai, Margarida Nicoletti, deixe o cargo. Caso isso não ocorra e a Funai não aceite incluir na administração do órgão um índio que represente os manifestantes, os protestos em frente ao escritório serão retomados.

“Vamos esperar até quarta [amanhã, 4] ou quinta-feira [5]”, disse Dirce à Agência Brasil. “Já estamos nos articulando e podemos reunir mais gente do que reunimos da última vez.”

Depois das últimas manifestações do grupo, a entrega de cestas básicas e sementes para os cerca de 45 mil índios da região foi interrompida por 21 dias. Os manifestantes só deixaram a frente da Funai após a Polícia Federal cumprir um mandado de reintegração de posse expedido pela Justiça.

Margarida Nicoletti, que retornou nesta semana ao trabalho na Funai em Dourados, afirmou, também hoje, que a assistência aos índios ainda não foi normalizada. Das 13 mil cestas que deveria ter sido entregues em fevereiro, só 7 mil chegaram aos índios. A entrega das sementes e o auxílio para retirada de documentos também estão atrasados.

Em entrevista à Agência Brasil, Margarida disse que não descarta novos protestos. Ela, porém, ratificou que o grupo de manifestantes não representa a maioria dos índios na região. “Eles são índios que se deixaram levar pela influência política. A grande maioria dos índios me trata bem.”

O cacique Getúlio Juca de Oliveira, da aldeia Jaguapiru, em Dourados, confirmou o que disse a chefe regional da Funai. Oliveira ressaltou que na assembléia indígena, da qual também participou, foi discutida a situação da administração da Funai em Dourados. E a assembléia decidiu pela permanência de Margarida Nicoletti na chefia da fundação. “A gente até pode mudar, mas não agora. Tem que ter um motivo”, afirmou ele.






 


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