26 de Fevereiro de 2009 - 16h52 - Última modificação em 26 de Fevereiro de 2009 - 17h36
Nossa Caixa atribui crescimento do lucro líquido a aumento de operações de crédito
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Banco Nossa Caixa registrou lucro líquido de R$ 646,5 milhões em 2008, o que representa um crescimento de 113,3% em relação ao ano anterior. As receitas totais somaram R$ 9,1 bilhões no ano passado, com aumento de 19,6%. A carteira de operações de crédito fechou 2008 com saldo de R$ 12,9 bilhões, um avanço de 47,6% em comparação a 2007. Os dados foram divulgados hoje (26) na capital paulista.
Segundo o balanço, os empréstimos para pessoa física cresceram 49,6%, chegando a R$ 9,9 bilhões. O crédito consignado atingiu saldo de R$ 5,8 bilhões, representando 58,5% do crédito para pessoa física, em 45% do total das operações de crédito realizadas pela Nossa Caixa. Na comparação com 2007, a expansão do crédito consignado foi de 73%. O crédito para pessoa jurídica aumentou 40,9%, fechando 2008 com saldo de R$ 3 bilhões.
As operações de crédito imobiliário cresceram 60,6% com saldo de R$ 737,6 milhões no ano. Segundo o balanço, a Nossa Caixa liberou R$ 358,1 milhões de recursos próprios. Desse valor, 60,8% foi destinado ao financiamento de moradia para servidores públicos estaduais. Comparado a 2007 o volume dessas operações cresceu 227,1%. A concessão de crédito para o agronegócio encerrou o ano com saldo de R$ 791,6 milhões, 53,9% a mais do que em 2007.
O presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, afirmou que o resultado positivo está ligado diretamente ao aumento das operações de crédito. “Nós temos um volume muito grande de recursos aplicados em títulos e com a própria queda da taxa de juros que vinha ocorrendo a tendência era o banco perder rentabilidade se não fizesse algum movimento de dirigir parte desses recursos para a carteira de crédito, que foi o que nós fizemos em 2008”.
Segundo as estimativas de Melo Santos, ao longo de 2009, o banco deve adquirir mais de R$ 3 milhões em crédito consignado de nove instituições financeiras que já fecharam o convênio com a Nossa Caixa. Além disso ele citou linhas de crédito para pessoa jurídica criadas em função da crise econômica. Nesse caso foram beneficiadas entidades como Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores(Sindipeças), Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
“Estamos revendo alguns pontos para que esses recurso chegue de fato na ponta, no consumidor final. São operações que vão ocorrer durante esse primeiro semestre de 2009 de modo que imaginamos que a Nossa Caixa terá um desempenho bastante significativo na carteira de crédito apesar do cenário em que há previsões bem mais modestas de crescimento da carteira de crédito”.
Melo Neto disse ainda que a integração da Nossa Caixa com o Banco do Brasil está sendo muito bem conduzida com constantes reuniões das equipes técnicas das duas instituições para verificar não só a parte de tecnologia quanto a parte contábil, fiscal e de gestão de pessoas. Ele ressaltou que as duas mil demissões ocorridas na Nossa Caixa são referentes a pessoas que já estavam aposentadas e ainda trabalhavam no banco.
“O desligamento se deu no sentido de buscar uma renovação do quadro pessoal e reduzir o custo do banco. Essas pessoas por terem 30 anos de banco tinham salários muito elevados e o banco precisava promover um ajuste”, finalizou.
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