29 de Abril de 2009 - 19h09 - Última modificação em 29 de Abril de 2009 - 19h09
BNDES estuda a possibilidade de financiar a construção de hidrelétricas no Peru
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A construção de seis usinas hidrelétricas no Peru poderão receber financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por enquanto, a instituição vai apenas considerar a possibilidade de apoiar a construção das usinas. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, por ora, existem somente notícias da existência de um processo de negociação.
“É preciso que esses processos sejam concluídos, que as usinas sejam licitadas e, eventualmente, fornecedores brasileiros possam participar da construção e da oferta de bens de capital para que isso possa gerar uma demanda sobre o BNDES. Quando acontecer tudo isso, nós iremos considerar, sim, apoiar”, disse.
A carteira do BNDES em projetos aprovados, em análise e em perspectiva para a América do Sul supera US$ 12 bilhões, envolvendo a exportação de serviços. Como o Peru tem uma boa classificação de risco, Coutinho afirmou que “certamente, consideraremos [a possibilidade de apoio], no momento oportuno”.
Em relação ao financiamento no valor de US$ 700 milhões para a venda de 20 aeronaves da Embraer para o governo argentino, o presidente do BNDES explicou que a operação ainda se acha em fase de negociação comercial. O financiamento foi aprovado pelo Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig) e pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Luciano Coutinho disse não temer nenhum calote da Argentina. “A Argentina tem reservas de US$ 45 bilhões, superávit em conta corrente e fiscal”, afirmou. Por isso, analisou que não há nenhuma razão fundamental para que o banco se preocupe com a economia argentina.
O presidente do BNDES lembrou que as operações de exportações de serviços, onde se inclui a possibilidade de financiamento para a compra de aviões da Embraer, são garantidas pelo Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e regidas pelo mecanismo de cooperação dos bancos centrais da região latina, chamado CCR (Convênio de Créditos Recíprocos).
“Esse mecanismo existe há mais de 30 ou 40 anos e nunca permitiu nenhum tipo de default (inadimplência) no relacionamento dos países que são signatários do convênio, no âmbito da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). Então, nós temos tranqüilidade, desde que essas condições sejam observadas”, afirmou.
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